Penso que cada vez mais
Tenho que ser pedra.
Aspereza e dureza para lidar
Com o mundo lixa...
Repenso e só sinto
A rosa delicada e perfumada,
Que imprime a essência da minha
Natureza em gotículas de choro
Por todos os arranhões sofridos...
Mesmo assim, não posso ser pedra:
Falta-me frieza suficiente
Para atos insanos e grosseiros;
Não tenho a dureza do racional
Que não se emociona,
Que não tem a sensibilidade à flor da pele...
Prefiro os meus arranhões
E a minha alma leve, leve e solta
E a minha emoção livre
Para sentir a luz do sol
Para tocar a lua com a minha poesia
Para amar
Sim, amar as pedras...
Suzete Brainer (Direitos autorais registrados)
O tempo esculpe a pedra, e da poesia as suas formas! E que formas lindas pode um coração doar as pedras, e que dirá as palavras mais sensíveis e cheias de encanto! abraços, a sua poesia é divina!
ResponderExcluirA tua poesia toca a lua, toca a alma e a dureza da vida. Na dureza da pedra deixas o perfume de uma rosa delicada.
ResponderExcluirComo eu gosto de te ler, grande poetisa!
Mil beijos.
O mundo petrifica-se
ResponderExcluirErgue-se “em monumentos ásperos “
Mas antes ser jardim de rosas colhidas
Do que o frio gélido de almas de pedra.
Sentir a vida, a beleza
Numa simples pedra.
(entendo-te)
Ter lágrimas, mas sentir…
Esta tua reflexão-poesia demonstra a beleza do
Ser que és, da poetisa que és!
Espírito forte, mas sensível como as pétalas…
Adorei!!!
Beijinho, amiga
Num dado momento (quando acumulados se mostram suficientes momentos)
ResponderExcluirNuma precisa hora (quando transbordantes se mostram acumulados momentos)
Num exacto instante ....
O mundo suspende-se sem movimento
O pensamento detém-se numa única percepção
Triste....
Dizem que a inocência só se perde uma vez...
Eu digo que não,
Nós poetas não.
Bjo.
O segredo, é variar a dureza entre a maciez do algodão e a frieza da pedra, conforme as situações e as circunstâncias. Porque não devemos ser sempre os mesmo perante as diferenças.
ResponderExcluirMagnífico poema, gostei muito.
Suzete, tem um boa semana.
Beijo.
Suzete,
ResponderExcluirA começar pelo Título, este teu poema é lindo, lindíssimo!
A tua fala refletindo o teu sentir em relação a rudeza do mundo "lixa", lembra as palavras de Guevara ao dizer: "Há que endurecer, porém, sem perder a ternura jamais". Se perder a ternura, vira pedra também. Há que se manter o difícil equilíbrio entre estímulo e resposta, e procurar manter a alma leve, solta, equilibrada pela catarse poética, como fazes tão belamente através de teus escritos.
Obrigado por compartilhar com todos esta jóia de poema.
Beijos.