sexta-feira, 11 de outubro de 2013

O abismo essencial...







Deixa a sombra da tua vaidade


envelhecer,

recolhida em um ponto sereno

que ainda resta.

Esta cegueira diante do essencial,

empobrece os dias,

descolorindo as horas

das tardes plantadas

de instantes de silêncio-morada...


Deixa,

deixa esta vaidade morrer

no abismo do saber...

Reencontra o sentir genuíno

para uma volta

de pausas respiradas,

numa longa caminhada sem medo.

Agora,

sente a simplicidade de Ser...




Suzete Brainer ( Direitos autorais registrados)





15 comentários:

  1. Boa tarde, Suzete. Que poema profundo! Ficarei contente se visitares meu post A BUSCA DO NIRVANA. Meu beijo.

    ResponderExcluir
  2. Incrível como Ser em simplicidade se tem vindo a tornar cada vez mais difícil, numa sociedade que desde muito cedo nos ensina a ser nada. Que apenas nos exige que façamos parte de uma amálgama descolorida que segue tudo sem pensar, esquecendo porque tendo de pôr de parte uma individualidade intrínseca
    que todos somos.
    Que lindo e tão simples o teu poema! Já ninguém olha para o essencial, mas apenas para a aparência. E o saber incomodará sempre porque agita as águas.
    Adorei essa foto do Grand Canyon, muito a propósito do poema.
    Recordo-me de ver há muito tempo, outras fotos belíssimas desse território parcialmente ocupado pelos índios Navajos.
    Um dia um jornalista perguntou ao Chefe Navajo da altura, porque as canções do seu povo falavam tanto sobre a chuva...ao que o Chefe respondeu:" E porque é que quase todas as vossas canções falam tanto sobre o amor?"
    É assim. Cada um canta sempre aquilo de que sente falta. Pode parecer nada ter a ver com o teu poema, mas tem.
    É um prazer muito grande visitar-te.Vale muito a pena ler o que escreves.
    xx

    ResponderExcluir
  3. Querida Su,

    Maravilhoso percorrer este teu universo poético e filosófico...

    Para quem te conhece de perto e sabe da autenticidade deste abismo

    essencial: a simplicidade de ser e o mergulho no saber sempre

    com a leveza de "ser um eteno aprendiz"...

    Adoro este teu olhar poético essencial!!

    Beijos no teu lindo coração, amiga.

    Nara.

    ResponderExcluir
  4. A vaidade, principalmente quando é exagerada, é dispensável...
    Belo poema, gostei muito.
    Suzete, querida amiga, desejo-te um bom fim de semana.
    Beijos.

    ResponderExcluir
  5. Olá Suzete,

    Gostei imensamente da qualidade dos teus poemas. Uma poesia

    inspirada e inspiradora...

    Grato por este ótimo momento de leitura aqui!

    Carlos.

    ResponderExcluir
  6. Suzete, o teu poema tem lucidez e sabedoria - ferramentas essenciais ao enriquecimento da vida.

    O teu piano toca melodias serenas e profundas.
    Beijo.

    ResponderExcluir
  7. Olá, boa noite!
    Parabéns pelo poema! Directo, profundo, onde cada palavra ocupa o lugar certo para exprimir o pensamento certo. Um testemunho de vida feito poema!
    Um abraço.
    M. Emília

    ResponderExcluir
  8. Que bom conselho dado em forma de poema.
    A sabedoria usada em versos encanta.
    Suzete ficou lindo.
    Boa semana e um beijão linda.

    ResponderExcluir
  9. As coisas simples da vida_ mais bonitas mais duradouras verdadeiras e confiáveis.
    Mensagem cheia de esperança na sabedoria da escolha.
    Obrigada Suzete pelo dom poético e pelos comentários carinhosos.
    Também aprecio sua graça com as palavras,
    deixo abraços

    ResponderExcluir
  10. Veste-te com um novo eu e começa tudo de novo.
    Porque não?

    ResponderExcluir
  11. Tudo envelhece
    num silêncio-essencial
    (talvez até a vaidade)

    Distanciando-nos dos princípios originais

    Entre abismos as distâncias de um verso
    são pausas para respirar

    Bjo.

    ResponderExcluir
  12. O encontro de nós mesmos
    Voltar ao que fomos
    Natureza e alma
    Deixar o trivial dos dias
    Um regresso á inocência…

    Um poema de quase-regressão
    Gostei muito, mesmo.

    Beijinho grande,amiga

    ResponderExcluir
  13. A simplicidade de SER só é vivida e sentida quando alocada na sensibilidade da essência do SER pessoa. O exterior até pode estar enfeitado de alguma vaidade, mas o interior não é desprovido de vacuidade.
    Sentido apelo, este teu poema, querida Suzete.
    Bjo :)

    ResponderExcluir

Este é um espaço importante para você deixar inscrito:

A sua presença,

O seu sentir,

A sua leitura,

A sua palavra.

Grata por compartilhar este momento de leitura aqui!

Abraço de Paz!

Suzete Brainer.