
Um ponto apenas, meu,
No teu olhar que me
procura.
A minha doçura de
saudade
Dissolverá a pequena
distância
Deste teu olhar,
No nascimento da
palavra
Do meu nome pronunciado
por ti.
Um ponto apenas,
Somos,
No abraço das nossas
mãos
Sem abandono.
Um ponto,
Fica
O nosso olhar no mesmo
infinito.
Um ponto,
Sempre,
Quando o relógio avisa
Que não temos horas
suficientes
Para a nossa eternidade!...
Suzete Brainer ( Direitos autorais registrados)
Imagem: Obra de Lídia Wylangowska.
Torna-se uma arte não saber jogar, principalmente quando se tem o olhar transparente “e as verdades pulam dele no mergulho do profundo nada”.
ResponderExcluirÉ uma arte quando não se sabe jogar por ter as mãos limpas e “a limpidez da palavra consciência” cabe nelas quando “artifícios e armadilhas” ficaram pelo caminho, desativados e nulos...
Suzete, querida, é realmente uma arte não se saber jogar e ter a consciência de que todos os sonhos cabem nos teus “olhos do viajante”.
Desculpe parafrasear teus belíssimos versos, mas leve em conta a admiração que tenho pelo teu trabalho. Este poema mostra bem a tua forma de freqüentar a vida.
Também fiquei embevecida com a beleza da pintura de Vladimir Volegov com a Michelle Pfeiffer. Belíssima!
Outra postagem tua que me encantou foi “A Roseira do Silêncio...” .
O dom de perfumar com palavras aquilo que mais interiorizado está, fez nascer este texto de extrema sensibilidade e rara beleza. Esta luz que fica e que traz o milagre de não se apagar, por mais trêmula que esteja a sua chama, muitas vezes é o único suporte a qual se apegar para que a escuridão não se faça total...
De alguma forma, amiga, este texto me tocou...
No alongado do comentário, meu carinho espalhado nas estrelas que enfeitam o sorriso dos anjos que sempre vejo a esvoaçar por aqui...
Helena
Querida Suzete, tenho adotado o método de fazer o comentário no word, para salvá-lo, a fim de não acontecer (como tem por vezes acontecido) de vê-lo "sumir" e não ser publicado. Assim estava a fazer com a tua postagem anterior e só me dei conta de que o havia publicado na postagem de agora quando notei que o meu tinha sido o primeiro comentário, quando na verdade deveria estar entre os últimos. Aí me dei conta do meu lapso (risos), mas como o tempo se extinguiu para mim, prometo voltar para ler/comentar o atual.
ResponderExcluirDesculpas e carinho,
Helena
Querida Helena,
ExcluirNão há o que desculpar, agradecer a tua gentileza e
doçura de Ser no meu espaço...rss
Conheço dito por ti, o quanto o seu tempo é atarefado
pelo o seu belo trabalho na Medicina, portanto, não
se preocupe quanto a voltar aqui, faça quando tiver
mais livre no seu tempo.
Uma semana inspiradora e luminosa para ti.
Beijo e abraço grato, querida.
Entre os olhares que se buscam, iluminados pela força do amor, não existem distâncias incomportáveis. Olhares encontrados num pequeno ponto; espaço onde o infinito mora, e embora as horas possam ser limitadas, a eternidade nelas habita.
ResponderExcluirMuito belo, Suzete! Com a tua marca inconfundível.
xx
"Um ponto,
ResponderExcluirSempre,
Quando o relógio avisa
Que não temos horas suficientes
Para a nossa eternidade!..."
Ah minha nossa, que delícia isso! Suzete que sensibilidade mais aflorada!
A poesia toda é repleta de encantos e delicadas colocações, o que faz dela um doce e raro descanso aos olhos e alma, parabéns pelo compor tão refinado!
Ps.: Preciso dizer que tuas palavras me emocionam e me acarinham tanto, mas tanto, que só me resta acreditar mesmo que somos almas amigas. Teu carinho me chega num momento tão oportuno! Obrigada por me ser o exemplo de que ainda há corações puros por aqui. Minha gratidão e carinho mais transparente.
Um forte abraço, lu.
Olá Suzete Brainer,
ResponderExcluirImpressionado com seu espaço de arte das letras,
a sua poesia, crônica e prosa são excelentes!!
Tudo aqui é beleza , originalidade e refinamento de
rara proporção...
Não tenho blog e leio e acompanho um blog de uma amiga
e cheguei até o seu e fiquei encantado mesmo!!
Sou um brasileiro que mora na Espanha...rss
Se você me permitir ficar acompanhando o seu blog,
voltarei, aguardo que você autorize...rss
João.
Claro que sim, João!!
ExcluirAgradecida com a sua gentil visita e apreciação
tão generosa no meu exercício (amador) com a escrita...rss
Muito obrigada, viu?!...
Suzete, que encantamento proporcionam seus versos! Não importa o tempo, os limites que impõe, pois a eternidade mora nesses instantes de encontro, onde um olhar habita o outro. Uma riqueza!!! Grande beijo!
ResponderExcluirSuzete,
ResponderExcluirGostei de seu “Um Ponto na Imensidão”, um ótimo poema, que se inicia com estes versos:
“Um ponto apenas, meu,
No teu olhar que me procura”.
Parabéns.
Abraços.
Olá, Suzete.
ResponderExcluirUm ponto, pequeno ponto e tão grande o sentimento nele contido.
bj amg
Querida amiga: a nossa vida não passa de "pontos", instantes, quando comparados com a imensidão do universo e da sua intemporalidade. Contudo, cabe-nos fazer de cada "ponto" o "ponto". Aí reside a nossa sabedoria.
ResponderExcluirNo teu poema, explanas, excelentemente, a necessidade de não desperdiçarmos tempo.
Deixo-te um bjo :)
Os pequenos senãos, próprios da nossa condição, não conseguem travar uma força que se adivinha, que se insinua...
ResponderExcluirMais um belíssimo poema, Suzete!
Um beijinho :)
Os pequenos senãos, próprios da nossa condição, não conseguem travar uma força que se adivinha, que se insinua...
ResponderExcluirMais um belíssimo poema, Suzete!
Um beijinho :)
Balanças no equilíbrio das coisas
ResponderExcluirbelas
Fazes a convergência da luz
num ponto
numa simples e cristalina poesia
incomum
Obrigado.