quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Aviso Urgente!




            Meus caros amigos(as) e seguidores, venho informar sobre um perfil falso
            que foi feito no Google+ com o uso do meu nome, este perfil tem o nome
            Suzete Maria Brainer e sem foto e eu acabei de denunciar ao Google+ sobre
            este crime de uso do meu nome. Não consigo entender o que faz alguém 
            cometer um "crime" de usar o nome de outra pessoa, com o propósito para
            quê? Eita mundo insano!... Reafirmo que o meu perfil no Google+  é somente
            Suzete Brainer com foto e do mesmo jeito do meu perfil do meu blog. Somente
            tenho este blog de poesia e não faço parte de redes sociais como FB e etc. Para
            que todos saibam e não confundam o perfil verdadeiro com este perfil falso.
            Estou aguardar a resposta da denúncia que eu fiz sobre este crime. Tentei deixar 
            uma mensagem neste perfil falso, mas não consegui registrar.
            Agradeço a compreensão de todos!
            Uma breve pausa aqui no meu blog, quando retornar,
            visitarei os espaços de vocês
            para o voo da partilha que eu tanto aprecio!...
            
            Beijo e Abraço de Paz!
            Suzete Brainer.



terça-feira, 26 de setembro de 2017

Primavera




Ela percebia que nos seus olhos corriam todo o mistério da simples entrega. Os gestos estavam ali, no passeio do sorriso, em passaporte da vida...

A simplicidade sempre revela o essencial da genuína partilha. As complicações são entulhos de alma aprisionada no corpo, que carrega o peso das frustrações.


Seguir o fluxo do sentir em cada pétala do jardim... A primavera chega com a leveza das cores e cheiros, a se deixar ir ao vento, na plenitude do voo, numa doce liberdade envolvida de Sol!...



Suzete Brainer (Direitos autorais registrados)


                                    


                    Uma breve pausa, na minha volta, 
                    visitarei os espaços de vocês
                    para o voo da partilha que eu tanto aprecio!...
                    Beijo e Abraço de Paz!
       


sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Passarinho Poeta (Poemas de Manoel de Barros)










O Fazedor de Amanhecer


Sou leso em tratagens com máquina.

Tenho desapetite para inventar coisas prestáveis.

Em toda a minha vida só engenhei

3 máquinas

Como sejam:

Uma pequena manivela para pegar no sono.

Um fazedor de amanhecer

para usamentos de poetas

E um platinado de mandioca para o

fordeco do meu irmão.

Cheguei de ganhar um prêmio das indústrias

automobilísticas pelo Platinado de Mandioca.

Fui aclamado de idiota pela maioria

das autoridades na entrega do prêmio.

Pelo que fiquei um tanto soberbo.

E a glória entronizou-se para sempre

em minha existência.



Tratado Geral das Gradezas do Ínfimo



A poesia está guardada nas palavras _______ é tudo que eu sei.

Meu fado é o de não saber quase tudo.

Sobre o nada eu tenho profundidades.

Não tenho conexões com a realidade.

Poderoso para mim não é aquele que descobre ouro.

Para mim poderoso é aquele que descobre as

insignificâncias (do mundo e das coisas).

Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil.

Fiquei emocionado.

Sou fraco para elogios.



Os Deslimites da Palavra


Ando muito completo de vazios.

Meu órgão de morrer me predomina.

Estou sem eternidades.

Não posso mais saber quando amanheço ontem.

Está rengo de mim o amanhecer.

Ouço o tamanho oblíquo de uma folha.

Atrás do ocaso fervem os insetos.

Enfiei o que pude dentro de um grilo o meu destino.

Essas coisas me mudam para cisco.

A minha independência tem algemas 





A minha homenagem a este fazedor de amanhecer, o Poeta Passarinho

que deve estar colorindo as eternidades com a sua mágica poética.

Voa grande Poeta,

daqui acompanhamos o voo... 

Suzete Brainer (Direitos autorais registrados)

Imagem do Google

Poesia do Mestre Poeta Manoel de Barros.

(Reeditado - 2014).




                                  

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

A Inscrição do Silêncio




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 As palavras são folhas
Do meu caderno por dentro do corpo.
As anotações registradas na minha
          Alma
Tocam musica,
Plasmada do silêncio
       Que eu sou.




Suzete Brainer (Direitos autorais registrados)

Imagem: Obra de Alexandrina karadjova.




                           



quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Hoje, Eu Acordei Gaivota...








As gaivotas

Voam.

Ondas do meu

Pensamento

Sobrevoam

O celeste,

Na busca do sopro

Que me distancie

Do asfalto.


Deixa gaivota,

Que por hoje

Eu seja o espírito

Que te habita;

O movimento das tuas asas;

A luminosidade do teu voo,

Pela trilha de uma

Liberdade

Que não me pertence.


Deixa-me sentir

O asfalto

Inexistente,

Diante de um

Mergulho no

Mar,

Vindo do céu

Que te pertence.


Hoje, eu sou gaivota

Imaginária,

Mesmo

Assim,

Em pleno

Voo do

Meu sentir...





Suzete Brainer (Direitos autorais registrados)


Imagem: Google.






segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Recado de Aniversário





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Amanhã, mais um dia, um ano e a tua ausência tão disfarçada de presença... Aquele teu olhar a acolher a todos com a suavidade de um abraço protetor. Sim, mãe, tu abraçavas com o olhar; um olhar de unidade de alma, e como eu viajava na segurança do teu olhar que dizia sempre: - “Estou com você em todos os lugares e situações, a vida não é fácil e nem difícil, a vida é um desafio que precisa do amor para decifrar os caminhos com mais facilidade...”

Quero este teu olhar dentro do meu, a caminhar pela vida nas suas curvas e abismos.

Tenho este teu amor guardado em mim, e tudo levita quando penso na tua filosofia simples de vida, que colhia os mistérios no jardim do silêncio do olhar. O teu silêncio ensinava a dignidade de respeitar as singularidades humanas, numa igualdade fraterna de sentir o mundo!...

Sei, mãe, que estamos sempre juntas...
O caminhar da vida impulsiona-me a aplicar teus ensinamentos. Diariamente  me encanto com a força suave e constante deste nosso amor!

À minha mãe, Hilda.
Viva Hilda Brainer!


Suzete Brainer (Direitos autorais registrados)

Imagem: Obra de Alexei Antonov.





                             



sábado, 2 de setembro de 2017

Pop, o Cão Nada Popular...




Lembrou-me de um cão preto, com uma mancha branca que mais parecia uma gravata. Ele se afeiçoou somente a minha mãe, devido à semelhança física com a sua antiga dona, que falecera de um trágico acidente de carro. Minha mãe, que não gostava de criar animais domésticos, e sempre recusava as minhas solicitações de levar para casa um animalzinho para eu criar. Nunca permitia. Só me deixou criar um cágado jabuti, e posteriormente um cão, depois do seu gesto de solidariedade com o cão Pop. Com a morte da sua dona, Pop não queria mais comer,  ficou mais agressivo com todos da família e mordia quem se aproximasse dele.

Minha mãe ficou encantada com adoração que o cão Pop demonstrou para com ela, desde o primeiro contato. Ela anotou todas as manias (mimos) que a dona de Pop lhe proporcionava. E claro, com a sua mania de perfeição, proporcionou mais mordomias de alimentação caprichada para o Pop, a minha mãe sempre foi uma talentosa e excelente cozinheira, a sua comida era tão deliciosa que ninguém resistia aos banquetes oferecidos por ela. O meu pai questionava aquela solidariedade da minha mãe para com o Pop, uma vez que o mesmo com tamanha agressividade, causaria transtornos  à  nossa  família, menos para minha mãe, uma deusa para ele...

Tínhamos um vizinho, um capitão aposentado por cegueira decorrente da participação na guerra. Era um bom contador de histórias. Muito  austero e, por isso, considerado antissocial.  Fez amizade com os meus pais, adorava os lanches feitos por minha mãe, e gostava muito de mim, por ser  boa ouvinte das suas histórias e dos meus questionamentos, fazendo perguntas que o deixava encantado. Porém, ele era racista - um grande defeito dele.  Todos nós o censurávamos (em sua presença), por este tipo de conduta. Ele e o Pop foram ódio à primeira vista e em todos os encontros. O Pop era preso no quintal a uma distancia grande, porém emitia latidos constantes e agressivos para o capitão, que sempre ficava no terraço da casa.  Durante a semana, pelas manhãs, o Pop ficava solto em casa com a minha mãe, quando todos da família estavam fora; meu pai no trabalho, meu irmão na faculdade, eu e minha irmã na escola.

O capitão Menezes, assim como o Pop, não era popular. E quase todos do bairro gostavam de manter uma distância regulamentar sobre eles: em relação ao capitão, devido ao seu jeito temperamental. Com relação ao Pop, por conta da sua agressividade. Mas, entre mim, uma menina encantada com as histórias contadas e inventadas por minha avó, e o capitão também contador de histórias - ele tinha um hábito da leitura de grandes romances da alta literatura e, depois da cegueira, ficou a conviver com o arquivo dos universos mágico-literários dentro de si - existia uma sintonia na partilha desta arte, do contador e da ouvinte. Para ele, as minhas perguntas alimentavam a sua fabrica de imaginação e com isso novos enredos, novos personagens e novos finais aconteciam perante os nossos olhos da alma, ávida de fantasia. Uma vez a minha mãe se referiu ao capitão como “mentiroso” e eu de imediato a recriminei, corrigindo-a que o capitão não era mentiroso, ele era contador e inventor de histórias. A minha mãe com seu jeito irônico, me respondeu que eu tinha acabado de inventar um  novo nome para o mentiroso.

Foi o capitão também que rebatizou o meu cágado de nome “Cometa” para “Fittipaldi”, de quem ele era fã, acompanhando as corridas de fórmula um. Com o seu gênio explosivo, também odiava quando o seu ídolo perdia. Por vingança, nomeou o meu cágado com nome do piloto, numa irônica homenagem. Lembro-me da sua frase: “Suzete, o Fittipaldi daqui tá melhor do que o Fittipaldi nas pistas, eu aposto no daqui!”.

Excepcionalmente, teve um sábado que nós (eu e minha irmã) saímos com meu pai, meu irmão foi para a casa da namorada. Minha mãe, sozinha em casa, soltou o rabugento e singular Pop. O capitão entrou com aquela voz grave e alta no terraço, o Pop pegou na sua canela, com todo gosto de vingança, e ele a meter a bengala no Pop. Minha mãe chama o Pop, que a obedece como um cordeirinho...

Foi um encontro explosivo, agressivo e destrutivo para ambos. O capitão ficou com uma tatuagem na canela e tomou vacina anti-raiva, mesmo  o Pop sendo vacinado. Mas, a raiva dele nutrida pelo capitão, por segurança, imaginamos que a raiva “emocional” do Pop tivesse um veneno fatal. O prejuízo sofrido por Pop foi também grave: ele teve um derrame no olho que levou a bengalada do capitão. Por cuidados e mimos da minha mãe, ele não perdeu a visão desse olho. Todos em casa fizeram campanha para minha mãe dar o Pop a outra pessoa; argumentando que o cão era violento e desequilibrado. Todos mostravam a minha mãe, pequenas marcas de mordidas do Pop e o meu pai, que tinha muita raiva dele, pois o cão nutria tanto ciúmes da minha mãe, que às vezes de longe não parava de latir para meu pai, quando ele se aproximava dela.

Confesso que o Pop era muito estranho, mas nunca fui mordida por ele. Comovia-me aquela adoração dele por minha mãe. E também o fato de minha mãe ter sido solidária com o mesmo amor que a sua antiga dona lhe dedicara.  E assumido a responsabilidade sobre o Pop; aquela criaturinha rabugenta, agressiva e com a capacidade de amar uma única pessoa.

Esta história do Pop na minha infância,  fez-me retornar à minha gata Chanel; uma gata também preta, vira-lata, que foi um dos maiores amores que tive na vida. Neste momento faço a ligação de semelhanças dela com o Pop, só que a Chanel era agressiva exclusivamente com o meu outro gato siamês, o Shan.  Não aceitava que eu partilhasse a minha atenção com o Shan. A experiência de amor com animais são repletas de uma doação do amor incondicional, o amor da aceitação que vem da poesia dos gestos!...


Suzete Brainer (Direitos autorais registrados)