
Em vermelho
Pausadamente
O mundo não para.
Há uma angústia explosiva
A consumir os planos dos dias,
Cheios de incertezas globais.
O vermelho na tarde alaranjada,
Recuperando a alegria
Dos olhos molhados de mar...
Sim, o vermelho.
O fogo,
A inquietude dançarina
Numa entrega do inesperado
Ato
Da existência
Viva,
Da chama...
O desassossego vermelho
Clama
A nudez
Preto e branco das horas,
Numa contagem da memória
Suzete Brainer (Direitos autorais registrados)
Imagem: Obra de Karol Bak.