Um ponto
Descortina
Uma tristeza
Sem hora,
Devagar,
Lentamente,
Escurecendo
O pôr-do-sol,
Gota a gota
Diluindo a
Alegria marginal,
Que paulatinamente
Morrendo,
Renasce o espaço
Do choro das
Dores do mundo,
Em silêncio
De solidão que
Sangra...
Em cada esquina
Seres em abandono urbano.
O chão, a cama
O lixo, a fome
Papelão, o teto.
O caminhar sem destino,
Os nomes do mundo,
O escuro da desigualdade
Que povoa essa
Triste humanidade!
A tristeza sitiada,
Pousada nessa realidade cinza
Absurdamente crua.
O meu grito mudo,
Inoperante,
Ineficaz,
Insignificante,
Que se esconde
Apenas, no meu olhar
Que não muda o mundo...
Suzete Brainer (Direitos autorais registrados)
Su, O MEU OLHAR QUE NÃO MUDA O MUNDO, é um desses poemas que causam uma ressonância poética a despertar a sensibilidade de quem lê. Podes não mudar o mundo mas, pelo menos, o tornas mais leve, mais solidário e amoroso, com a tua enorme Poesia.
ResponderExcluirUm beijo no teu grande coração.
Manoel Belo.
Mor,
ExcluirGrandioso é esse teu comentário...
Esse teu olhar,
Que me conhece tão bem...
Beijoooos