Olhar
Olhar...
Registrar a tênue
cortina da invisibilidade
de um saber
além,
aquém
da vida secreta.
Transfigurar o enigma
da persona que resiste
ao papel principal;
despindo-se de glórias.
Continuar a jornada:
ombros leves,
mente dispersa,
ocupando
o seu anonimato.
Caminhando
pelas ruas
desertas de holofote,
assume as curvas
do seu destino.
Passos rebeldes
na contramão
do seguir
da mediocridade,
vai construindo
sol a sol
a liberdade.
Suzete Brainer (Direitos autorais registrados)
Imagem: Do Google.