
Às vezes me inquieta
este mundo:
Abismos se constroem
Numa incompreensão palpável.
O silêncio é corroído
Por gestos mesquinhos,
As palavras são usadas,
Deformadas na essência
construtiva.
Nada sobra desta atmosfera
hostil,
Nem um sopro
Que leve, uma delicada
Forma de expressar
O afeto
Em um abraço.
Único abraço, que cale
O eco do vazio,
Do não sentir
O outro em mim...
Pontes são destruídas facilmente
nesta selva humana,
A legitimidade do
sentir,
É para poucos
Que gostem de uma
caminhada de mãos dadas...
Nada como olhar para
O infinito do mar,
Dimensionar as dores
Em pequeninos grãos de
areia...
Suzete Brainer ( Direitos autorais registrados)
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