De certo o deserto espuma de mim. Oceano assim, assim... (Suzete Brainer)
sábado, 5 de abril de 2014
Explosão
Nuvem
Levando
Todo o desengano
Transparência empoeirada
Pela eloquência
Atormentada.
Facilmente
Feridas se abrem
Jorrando
A dor adormecida.
Escurece:
O horizonte distante,
Permanece.
Gestos
Calam doces palavras
Passos que se perdem
No eco
Do nada.
Suzete Brainer (Direitos autorais registrados)
Imagem: Obra de Jiang Guofang.
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um escurecimento interior implode
ResponderExcluir("diz-me das palavras elevadas seu erro-engano)
uma rasura que escorre, por entre o verso
("vozes perdidas, quase eco, quase nada")
Dizem que o lastro de uma explosão é transparente,
nunca o é para quem a ele se expõe.
Bjo.
Ao menos que o vento ajude a levar todo o desengano, mesmo que deixando feridas abertas. Essas feridas fecharão lentamente com o afastamento dos passos que se perdem quando de vez escurecer.
ResponderExcluirO eco do nada produzirá uma explosão de serenidade.
Às vezes faltam-me palavras para comentar, porque nem sei se entendi bem o poema...:-)
xx
Querida Su!
ResponderExcluirQue poema enigmático,profundo e muito belo...
Sempre assim é a tua poesia,um mar de beleza, mistério
e simplicidade (sabedoria).
Vejo aqui,retratada de forma poética magistral a explosão humana,
quando se perde o equilíbrio,o descontrole verbal e gestual.
Quando a máscara caiu e sabemos de quem se trata e
o melhor é não deixar ecoar em nós e ficamos na nossa paz...
Que bela imagem escolhida, que expressa a serenidade...
Sou fã da tua poesia e do teu espaço de arte,querida amiga!!!
Beijos e abraço na tua alma luminosa.
Nara.
Olá Suzete!
ResponderExcluirPalavras imensas, profundas, onde a desesperança se instá-la como ferida aberta.
Creio que as palavras doces dos poetas nunca se perderão, neste ruído de fundo que nos atormenta cristalizando as emoções mais sublimes. O eco subsistirá sim! E todas as palavras deixarão pegadas...
Lindíssimo o teu sentir e a forma como o expressas....
Beijinho Suzete!
Nostálgico e belo.
ResponderExcluirQuantas vezes eu sinto que os meus passos se perdem no eco do nada...
Beijinhos
Maria
Primeiro diz-se ou age-se sem pensar, magoando, propositadamente, muitas vezes; apesar de ser hábito dizer-se "palavras leva-as o vento". Antes, deixam a sua marca, parecendo que até o próprio horizonte se entristece, solidarizando-se.
ResponderExcluirTudo seria bem mais harmonioso se a ideia contida em
"os Gestos
Calam doces palavras", fosse contrariada por quem faz dela o seu modo de agir.
(Na explosão visível há uma implosão invisível)
Mas sei que tua doce sensibilidade ainda acredita em outra forma relacional entre o ser humano... E eu também o quero crer...
Como sempre, adorei ler-te.
BJO; querida Suzete :)
Há feridas que levam tempo a fechar...
ResponderExcluirMagnífico poema, gostei.
Suzete, tem uma boa semana.
Beijos.
Uma explosão com eco que nos liberta para a criatividade da autora.
ResponderExcluirbj
Tem hora que é preciso explodir mesmo, Suzete, não há outro jeito...
ResponderExcluirGostei muito do poema.
Beijinho.
Um poema cheio de mistérios que traduzem angústia e sonhos que não se completam. Foi assim que vi, querida Suzete.
ResponderExcluirComo explosão
ResponderExcluirA verdade vem á tona da água
Apodrece…
Antes os olhos não viam a verdade
Como peneira que tapava
(assim eram, doces-amargas palavras)
Que agora na verdade são nada…
Uma desilusão, uma mascara caída
Sempre bom ler-te,
Amiga
Beijinho
.Esta explosão ecoa com a qualidade a que já nos habituaste, querida poetisa.
ResponderExcluirBeijinho grande.
Belas são as suas palavras.
ResponderExcluiranavi
filhadejose.blogspot.com