quarta-feira, 9 de maio de 2012

A TUA IMAGEM NA JANELA DA MINHA ALMA

      

                 Eu
                 Te vi da janela
                 Da minha alma.
                 Leve pluma,
                 Suave,
                 Feito
                 Um cavalo manso.
                 Chamava teu nome,
                 Mas, 
                 O vento levava junto
                 O som da realidade  
                 Barulhenta.
                 Tu,
                 No teu silêncio
                 Profundo eremita,
                 Não observaste
                 A  minha presença
                 Que gritava à tua ausência.
                 Estranho te ver 
                 Através da janela:
                 Os teus passos  
                 Marcando uma distância
                Que te leva
                Onde o som da minha voz
                Não chegará a ti.
                Tentei
                Através do pensamento.
                Mas,
                O teu silêncio profundo
                De um mestre taoista
                Não se distrai
                Com mensagens aleatórias.
                Aí,
                Fui direto à linguagem do coração.
                Chegando ao teu coração
                Encontrei a minha presença
                Tão enraizada
                Que me senti em casa
                E percebi que não precisava te chamar:
                Eu estava em ti.


       Suzete Brainer (Poema dedicado ao meu marido e publicado

             no meu livro:A Tua Imagem na Janela da minha Alma
        
             -Editora Corpos-Portugal)

              


2 comentários:

  1. Suzete,
    Dando um voo rasante pelo seu blog, encontrei esta pérola de poema. A começar pelo título, que mostra uma Transidentificação Quântica. Você como Psicóloga Clínica, deverá saber do que realmente estou falando; daquele fenômeno de acoplamento dos campos energéticos em que ambos: o ser e o objeto se fundem, tornando-se uma unicidade em que tudo está inter-relacionado, em que não há separatividade. Ao abrir a janela física, o ser quântico, a sua identidade-luz abriu a janela da alma e você com sua consciência expandida, una com o ser amado, não precisava mais chamar. Ele era você, e você, ele.
    Genial seu poema, sua forma graciosa de transformar sentimentos em palavras e de nos tocar com seus escritos. Muito grato por compartilhar tamanha maravilha com todos.
    Até mais ver.

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    Respostas
    1. Estou emocionada com a dimensão da tua análise:

      Profunda,bela e ímpar!

      Muito obrigada!!

      Suzete.

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