Eu
Te vi da janela
Da minha alma.
Leve pluma,
Suave,
Feito
Um cavalo manso.
Chamava teu nome,
Mas,
O vento levava junto
O som da realidade
Barulhenta.
Tu,
No teu silêncio
Profundo eremita,
Não observaste
A minha presença
Que gritava à tua ausência.
Estranho te ver
Através da janela:
Os teus passos
Marcando uma distância
Que te leva
Onde o som da minha voz
Não chegará a ti.
Tentei
Através do pensamento.
Mas,
O teu silêncio profundo
De um mestre taoista
Não se distrai
Com mensagens aleatórias.
Aí,
Fui direto à linguagem do coração.
Chegando ao teu coração
Encontrei a minha presença
Tão enraizada
Que me senti em casa
E percebi que não precisava te chamar:
Eu estava em ti.
Suzete Brainer (Poema dedicado ao meu marido e publicado
no meu livro:A Tua Imagem na Janela da minha Alma
-Editora Corpos-Portugal)
no meu livro:A Tua Imagem na Janela da minha Alma
-Editora Corpos-Portugal)
Suzete,
ResponderExcluirDando um voo rasante pelo seu blog, encontrei esta pérola de poema. A começar pelo título, que mostra uma Transidentificação Quântica. Você como Psicóloga Clínica, deverá saber do que realmente estou falando; daquele fenômeno de acoplamento dos campos energéticos em que ambos: o ser e o objeto se fundem, tornando-se uma unicidade em que tudo está inter-relacionado, em que não há separatividade. Ao abrir a janela física, o ser quântico, a sua identidade-luz abriu a janela da alma e você com sua consciência expandida, una com o ser amado, não precisava mais chamar. Ele era você, e você, ele.
Genial seu poema, sua forma graciosa de transformar sentimentos em palavras e de nos tocar com seus escritos. Muito grato por compartilhar tamanha maravilha com todos.
Até mais ver.
Estou emocionada com a dimensão da tua análise:
ExcluirProfunda,bela e ímpar!
Muito obrigada!!
Suzete.