Ela estava serena e delicadamente plena, se entardecendo nos
seus sentires amanhecidos de saudade. Uma saudade com cheiro de hortelã
mergulhado no chocolate amargo e quente...
Ela sabia da brevidade da vida, tudo deveria ser degustado em
gotas de espanto e prazer. No espanto mora o inesperado e o prazer é um suspiro
de beleza e verdade poética...
Ela não gostava de fazer planos de consumo, isso é empobrecer
o encanto sutil do viver; o sonhar é tão perto (dentro do sentir) e buscar fora
para carregar a mala de supérfluos, não lhe seduzia. Sempre precisou da leveza
do desapego!....
Sempre quis o genuíno livremente. Ser inteiro de corpo e
passeio na alma, impregnada de sorrisos aventureiros sem correntes que se
apropriem da verdade do sentir...
Sempre acreditou na lealdade das mãos dadas na caminhada a
dois. Na amizade dos olhos que se conhecem e dizem tudo. No silêncio partilhado
na paz que abraça e na parceria do preto e branco das rotinas que não esmagam a
sublimidade do prazer (solar) de se estar juntos.
Ela flutuava na leveza enquanto as palavras desfolhavam a sua
singularidade na brisa do agora!...
Suzete Brainer (Direitos autorais registrados)
Imagem: Obra de Daniel Gerhartz.
Suzete,
ResponderExcluirMinha resposta à sua pergunta feita no meu blog:
"Acredito que o motivo de minhas postagens não estarem aparecendo como “atualizadas”, na sua lista de blogs, se deve ao fato de que essas são postagens já feitas antes (textos antigos ), agora com uma nova edição."
Voltarei para ler com atenção esta sua postagem "Ela Flutua na Leveza", e para fazer o meu comentário. Me aguarde.
Abraços.
Um texto muito muito belo, todo ele cheio de leveza também.
ResponderExcluirUm beijo.
Oi, Suzete.
ResponderExcluirClaro que é bom ter João Gilberto e o Olodum. E o mestre Capiba e Edu Lobo onde ficam?
Fazemos qualquer negócio pelo axé que nos sufoca... (risos).
Gostei dessa leveza “se entardecendo” pelos “amanhecidos de saudade”, o que me faz pensar o quanto faria bem, para que a leveza fosse perfeita, o aconchego de mãos dadas e a "leveza" se espraiando como um novo sol nascendo, um céu azul, um mar brilhando e a terra úmida explodindo em verde... E a leveza se renovando ao levar na mala tão somente "bastante cuidado"...
Quanto faz bem esse lirismo que se desprende do seu texto...
Afetuoso abraço,
texto de uma estética apuradíssima!
ResponderExcluira que se alia sábia (e eufórica) fruição "do espanto e do prazer"...
como deve ser bom um cheirinho de hortelã "mergulhado em chocolate amargo e quente!..." Manjar de deuses, certamente...
beijos
Querida Su,
ResponderExcluirQue texto belíssimo, parece que "as palavras desfolhando"
do Ser (teu eu lírico) semeando Poesia sublime da filosofia
taoista: a leveza de Ser, o desapego, a verdade do sentir (
da alma) e o equilíbrio dos movimentos (polaridades)!...
Toda a prosa poética rica das tuas construções imagéticas
e sofisticada estética literária!!
Como eu te conheço bem e sei que tu és esta verdade
e honestidade na tua humanidade e singularidade
preciosa (rara).
Parabéns, minha amiga querida!!
Beijos e abraço de muita admiração.
Nara.
Nossa!! Que riqueza, Suzete! Uma prosa poética que mostra um interior de grande verdade, autenticidade, beleza. Creio que só se pode ser leve trilhando os passos que tão bem delineou. Grande beijo!
ResponderExcluirSuzete: não preciso de me alongar no comentário e sabes a razão: identifico-me neste sentir (tenho escrito bastante, embora divulgue pouco, sobre esta necessidade de leveza, de focagem interior); difere a idiossincrasia da escrita.
ResponderExcluirMuito rico e muito bem escrito, querida.
BJO :)
"Na parceria das brancas e das pretas"
ResponderExcluirdeslizavam os dedos com elegância
e cresciam num bailado a dois
não havia longe nem distância
Boa noite, Suzete.
Que lindo!!!
ResponderExcluirDevemos aproveitar sempre ao máximo os bons momentos da vida.
Beijinhos
Maria
Olá Suzete,
ResponderExcluirLinda prosa poética retratando a leveza de uma alma voltada para o 'ser', livre das amarras mundanas.
Belíssima escrita, amiga.
Beijão.
Suzete,
ResponderExcluirGostei desta sua crônica-poética, que termina com este trecho:
"Ela flutuava na leveza enquanto as palavras desfolhavam a sua singularidade na brisa do agora!...".
Parabéns.
Abraços.
Suzete,
ResponderExcluirGostei desta sua crônica-poética, que termina com este trecho:
"Ela flutuava na leveza enquanto as palavras desfolhavam a sua singularidade na brisa do agora!...".
Parabéns.
Abraços.
um flutuar numa brisa de palavras sentidas...
ResponderExcluirMetáforas que voam de corpo inteiro
ResponderExcluircomo se fossem pássaros
BJS
Um texto leve que nos leva a querer apenas ser.
ResponderExcluirTão delicado e lindo, Suzete. Gostei muito.
Beijo.
Um Texto muito bonito ,que muito me agradou !
ResponderExcluirSublime!
ResponderExcluir"Sempre acreditou na lealdade das mãos"
beijo amigo
Gostei imenso, o seu texto é belíssimo, minha amiga.
ResponderExcluirBom fim de semana, Suzete.
Beijo.
Muito lindo!!!
ResponderExcluirBjbj Lisette.
Ela flutuava, ela flutua, ela flutuará, tecendo adereços para apaziguamento da alma...
ResponderExcluirMuito belo, Suzete!
Um beijinho :)
O desapego em relação às coisas materiais, concede-nos essa leveza pela aproximação que permite ao nosso verdadeiro Ser, à nossa essência, que é tão íntima e tão alheia à superfície e à roda viva das aparências que nos acorrentam num jogo de luzes e sombras em que todo tempo se perde numa amálgama de instantes que parecem diferentes mas são todos iguais, porque geralmente repetitivos.
ResponderExcluirUm texto excelente, com o qual me identifico.
Gostaria de tê-lo escrito! ;-)
xx