Não sou a palavra que
rasga a tua voz.
Às vezes posso Ser silêncios
que observam
As tuas escolhas,
Sempre sem a (minha)
intromissão.
Quero a verdade em
todas as cores
Desarrumadas
Desalinhadas
Na tua imperfeição.
Não acredito na
modelagem do outro,
Na aparência do avesso
do que se é.
Quero sempre comigo a
nua estrada
Na essência de Ser
livremente,
Palavra dada de coração
alado em busca
Da boca pedida,
No corpo na medida
E alma expandida de
perfume em combustão...
Quero os teus olhos
meus
No movimento de
perdição.
A tua certeza no
passeio em que me abarca,
Num único modo
De (A)Mar em mim...
Quero que venhas
Com toda a perfeição
dos teus olhos
Que sabem que
Eu sou o teu
infinito!...
Suzete Brainer (Direitos autorais registrados)
Imagem : Obra de Daniel Gerhartz.
Olá Suzete,
ResponderExcluirParabéns pelo seu “Não Sou a Palavra que Rasga a Tua Voz”, um belo poema.
Uma boa semana.
Abraços.
Aceitar o outro como é "Quero a verdade em todas as cores Desarrumadas Desalinhadas Na tua imperfeição"... Um poema muito belo, este.
ResponderExcluirUm beijo.
não será a "palavra que rasga a voz" do outro - aquele que se enuncia no corpo do poema! (se a Poeta o diz, como duvidar?)
ResponderExcluirnão será assim, em sua autenticidade, a palavra, por certo!
mas será antes "movimento" e "olhar" e "voz" - a rasarem o sublime.
beijo
Belo, Bjbj Lisette.
ResponderExcluirEscrito em primeira pessoa, subentende-se de imediato a reflexão do sujeito, assumindo-se perante o outro, dizendo-lhe sutilmente que venha - “sem mentir pra você”, como o fez Chico Buarque, em Sem fantasia -, “com toda a perfeição dos teus olhos / que sabem que / eu sou teu infinito!...”
ResponderExcluirÉ interessante observar a sucessão de proposições e a dinâmica que imprimem ao poema, consubstanciando o modo de afirmar-se do eu lírico, revelando suas “convicções” diante do outro. Supõe-se que o outro compreende as razões do sujeito.
Afetuoso abraço na simetria dos passos do frevo que cega e ilumina
os passistas e pastoras (?).
Suavemente inquietante.
ResponderExcluirCadinho RoCo
Olá querida Suzete,
ResponderExcluir"Quero os teus olhos meus"... Isto me soou tão romântico e lindo!rs. Aliás, os últimos versos também primam pelo romantismo:
"Quero que venhas
Com toda a perfeição dos teus olhos
Que sabem que
Eu sou o teu infinito!..."
Creio que não se modela ninguém. Certezas devem coroar toda relação que se pretenda construir.
Lindamente escrito e lindamente sensível.
Beijo.
Su, meu amor!
ResponderExcluirTu és o meu infinito!...rss
A minha Poetisa de predileção e tu sabes o quanto
eu sou exigente (que para ti é perfeccionismo...rss),
a tua poética e arte literária brilham no caminho
próprio e luminoso (já conquistado o teu estilo "Suzeteano").
É irrecusável, irresistível e inesquecível a tua arte
poética e literária!
Sei,amor, que tu achas desnecessário expressar aqui,
o que eu já verbalizo para ti sempre.
Mas, tive esta vontade de fazê-lo, porém, fui
bem sucinto...rss
Os meus beijos teus,
Do teu, sempre teu.
Manoel Belo.
Sim, meu amor!...rss
ExcluirSabes que "A tua imagem na janela da minha alma",
permanente em mim...
Adorei o comentário sucinto!...rss
Beijos do teu infinito (Su)!
Su, querida!
ResponderExcluirMais um poema belíssimo e como disse Belo (o teu marido),
no teu estilo "Suzeteano", com luz própria imitável,
mesmo que seja muito inspirador o que tu escreves, mas é
impossível de imitar, pois o criador conquistou um
caminho novo expressivo e os imitadores que seguem
o mesmo caminho se perde na falta da originalidade
e a genuína beleza criadora.
Mais um poema teu com esta beleza criadora que
nos hipnotiza a cada leitura.
As imagens são belas do Daniel Gerhartz!
Beijos e abraço cheio de saudade!
Nara.
Ps:Eu e o Jorge sentimos muita saudade do
convívio com vocês dois...
Abraço para o querido Belo!
Narinha, querida!
ExcluirFico tão encantada com o teu olhar generoso
na minha poética!...
Amiga preciosa e rara, assim como tu és,
sempre nos ilumina através do olhar
luminoso da amizade verdadeira!...rss
Te adoro, minha amiga!!
Nós também sentimos muita saudade do
convívio com vocês dois. Abraço também
para o querido Jorge!
Beijos e abraço saudoso e grato, minha irmã de alma.
Olá, Suzete, não falta romantismo e nem elegância nessas palavras que brotam do fundo da alma. Amor sobrando, amiga! Lindo.
ResponderExcluirBeijo!
Suzete absolutamente maravilhoso.
ResponderExcluirBeijinhos
Maria
Boa noite Suzete.
ResponderExcluirA tua obra é linda, toda ela, mas "...Palavra dada de coração alado..." minha nossa, como é raro. Não só o verso.
Agradeço de coração o teu carinho, saiba que me veio num momento tão oportuno, muito obrigada.
A Salete é dessas pessoas raras, que a gente ama fácil.
Muito obrigada.
Um beijo, lu.
Boa noite Suzete.
ResponderExcluirSinto o amor em cada palavra, desse lindíssimo poema. Aceitar o outro como é ."Quero a verdade em todas as cores Desarrumadas Desalinhadas Na tua imperfeição" Meus parabéns pelo poema. Lindos dias para vocês. Enorme abraço.
As pessoas não são como barro e não podem ser modeladas. E se o fossem, perderiam essa verdade que as torna reais e dignas de afeto. Existe uma autenticidade aplaudível em sua escrita, que mostra clareza no sentir, nas expectativas, no pedido. E muito talento, querida! Bjs.
ResponderExcluirO outro só pode existir na liberdade de Ser, tem de ter a sua voz própria, e a nós compete-nos ouvir essa voz, porventura imperfeita, mas verdadeira. É a verdade que nos faz desejar comunicar, e possibilita a abertura da alma e do corpo ao encontro do amor, e aí todo o olhar que busca o infinito será um olhar perfeito.
ResponderExcluirPoesia da transparência! Belo.
xx
Olá, Suzete
ResponderExcluirtraças no teu poema um segredo da vida:
a verdade é nua, não se veste de enfeites e preconceitos.
Bj.
Verdade: querer moldar o outro só pode ser obsessão, nunca amor. É na aceitação da(s) diferença(s) que os olhares se apuram.
ResponderExcluirBelíssimo voo poético, querida amiga.
BJO :)
Lindo <3
ResponderExcluirLindo <3
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