De certo o deserto espuma de mim. Oceano assim, assim... (Suzete Brainer)
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015
Eclipse
Hoje,
sinto uma inquietude
correndo pelas minhas veias,
Arranhando a minha paz.
Solenemente um ar triste
deseja possuir-me.
Mas,
me encontro
Indisponível.
Formalmente digo não,
e busco a minha alegria
que ultimamente
anda muito fora de casa
apagando as luzes
da minha
estação.
Mas olho,
e, ao olhar,
me sinto inteira,
mesmo quando,
em pedaços,
vou construindo
meus dias
solares.
Suzete Brainer (Direitos autorais registrados)
Imagem: Obra de Gustav Klimt.
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Que lindas palavras!
ResponderExcluirA esperança de dias melhores jamais deve se acabar.
Um ótimo final de semana!
Beijos,
Mariangela
A cortina do tempo por vezes fecha-se, mas cabe-nos a nós reabri-la, porque só terminou o primeiro ato, mas a história, segue dentro de momentos!
ResponderExcluirhttp://diogo-mar.blogspot.com/
http://rasgarosilencio.blogspot.pt/
Um poema que prenuncia a chegada do sol da Primavera,com ele o renascer da vida e do humanismo.
ResponderExcluirBjs
J
A inquietude não será suficiente para acabar com a nossa paz, quando ao largo da estação que somos, se consegue visualizar uma luz de alegria, que embora teime em voltar para casa, voltará.
ResponderExcluirBelo poema, neste caso com um toque de tristeza, insuficiente contudo, para que nela se permaneça.
Uma bela tela do G. Klimt, também.
Que os dias se tornem solarengos dentro de ti, minha querida.
xx
A sabadoria do não
ResponderExcluirBj
Sua poesia já é um lindo sol! abraços
ResponderExcluirMuito linda a tela, propriamente escolhida para seus versos.
ResponderExcluirDizer não é tão sábio quando o nublado nos quer tirar a visão do sol! A alegria costuma dar uma volta e havemos que buscá-la (rss), já que deve morar em nossos corações. Existe uma certa melancolia em suas palavras, mas você a vestiu de luz, com beleza. Grande beijo!
que os dias te sejam solares! sempre...
ResponderExcluirmuito belo teu poema.
gostei deveras!
Quando sentimos que algo nos inquieta, é sabedoria ser capaz de afastar a neblina para continuarmos a captar o sol que nos ilumina e traz a serenidade à nossa alma.
ResponderExcluirMais um belo poema pleno da sensibilidade de uma alma generosa. Título perfeito. Imagem bela e adequadíssima!
Sempre muito bom ler-te.
Bjo, querida Suzete :)
Há sempre uma ponta de tristeza que não nos deixa ver a plenitude de um raio solar; mas como te sentes inteira, a luz da poesia torna-se presente e a alegria de te ler também.
ResponderExcluirAbraço enorme, minha querida Suzete.
Há algo que incomoda como luz a mais
ResponderExcluirDe uma janela aberta
Que encandeia
Algo que não doeu mas arranhou…
Mas a tristeza só entra onde é permitida
(apenas fechar as cortinas)
Numa janela aberta, onde agora a luz pode entrar
Sem ferir
Gostei imenso!
Beijinho
Mais um pedacinho de mim.. :) :*
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