Às vezes tem dias assim,
que nos consomem sem existência...
Uma sensação profunda de estranheza,
um esforço em busca de beleza
que está ao nosso alcance:
o cheiro da chuva,
a dança das folhas ao vento,
o som do mar sobre as pedras em explosão.
E retorno para o início:
onde a estranheza, na sua pequenez
tornou-se liquida
lacrimosa
num sentir
rendido
pela contemplação da vida
na sua beleza maior.
Às vezes tem dias assim,
pintados de tristeza...
Mas, abrindo a janela para a natureza;
todas as cores iluminam
um novo sentir,
refeito de vida que pulsa
a música
do ritmo
de cada dia...
Às vezes tem dias assim,
cansados na rotina;
pessoas,
tarefas,
notícias.
Mas nunca canso
de abrir a minha janela à natureza,
com as minhas asas abertas
voar neste sentir,
que me ressuscita.
Suzete Brainer (Direitos autorais
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