segunda-feira, 22 de julho de 2013

O Voo Diário...




           


                         Quero sempre

                   ficar flutuando no lugar etéreo;

                  num ponto distante e sossegado,

                  vestida do sol da tarde,

                  no mar deserto

                  iluminado pela solidão...

                 Sim, quero o silêncio:

                 o silêncio dos esquecidos,

                 este silêncio que nos deixa vivo,

                 renovados e cheios de liberdade...


                Quero sim,

                conduzida pela leveza,

                os meus passos suspensos

                marcando a estrada,

                em cada curva exigida

                pela invisível lei-vida,

               ritmada e consagrada...


              Seguindo a minha música,

              em melodia única,

             a  flutuar minha alma peregrina...


             Quero sempre

             flutuar

            seguindo...


     Suzete Brainer (Direitos autorais registrados)

     
                            
                      

4 comentários:

  1. Flutuar-me na luz que deixo entrar na minha janela
    Voar num silêncio
    Mas voar…
    Sentir todas as energias
    Etereamente ser mente vazia dos dias
    Viajando voando, voando.

    Essa paz que emana tua escrita
    É luz que levo, que tenho o prazer
    De sentir, ao ler-te.

    Divinal, esse desprendimento
    Que também me fez, voar…

    belo e a imagem também que ilustra bem tua poesia.

    Beijinho grande

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  2. A eteridade é espaço em verso
    Íntimo voo
    oposto quotidiano

    Bjo.

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  3. Este é o local que a poetisa habita, vestida do sol da tarde.
    Etéreo e belo momento! Apetece voar contigo, querida amiga.
    Beijinho.

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  4. Querer ficar no silêncio é sinónimo de estar consigo mesma, adentrar-se na alma...Querer saber mais da sua essencialidade...Estar no mundo de uma forma quase sobrenatural (Lembrei-me do título de um livro do Milan Kundera, A Insustentável leveza do ser).
    Em suma, sentirmo-nos!

    Como expressas tão bem estes estados de alma!

    BJO, querida Suzete :)

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