A Cópia - O Destino da Sombra -
Formas
a sombra que escurece
com os teus passos
ligeiros
correndo pela
curiosidade vazia
silenciosamente
morta
num mero engano
do nada.
Presentificando
o fantasma
na espreita
do roubo
das idéias.
Sombra
sempre será o teu destino
esquecida
num traço
ultrapassado
pela mediocridade
da cópia.
Quando de repente
quiseres sentir o que te move
encontrarás o eco da tua
alma criadora
em luz
presença única.
E os dias de sombra
ficarão no passado
quando desconhecias
a inspiração.
"Ah,milhares de pessoas não tem coragem
de pelo menos prolongar-se e um pouco mais
nessa coisa desconhecida que é sentir-se,
e preferem a mediocridade." Clarice Lispector.
"Ah,milhares de pessoas não tem coragem
de pelo menos prolongar-se e um pouco mais
nessa coisa desconhecida que é sentir-se,
e preferem a mediocridade." Clarice Lispector.
Suzete Brainer (Direitos autorais
registrados)
Imagem Foto de Celso Rubens Vieira e Silva.
Partilha: O valor do original (O autor) tem uma legitimidade que nenhuma
cópia (sombra) alcançará.
Na singularidade,encontra-se a riqueza da multiplicidade da arte.
Partilha: O valor do original (O autor) tem uma legitimidade que nenhuma
cópia (sombra) alcançará.
Na singularidade,encontra-se a riqueza da multiplicidade da arte.
Pois...não sei se te aconteceu
ResponderExcluirCostumo dizer que o plágio, de forma ínvia, é o reconhecimento do original
Seja que não seja
Inspirou um belo poema
Bjo.
Há sempre quem prefira ser sombra
ResponderExcluirQue segue, que espreita
É sempre um engano.
Um engano para os outros, mas principalmente
para ele mesmo.
Entendo quem se inspire em poesias de outros.
Digo, inspira mas não copia.
Quem copia, não sente.
Gostei muito do teu poema, não só do assunto
Mas também da forma como o dizes, poeticamente belo.
Tu nunca és sombra.
Nasceste da Luz.
Beijinhos Amiga
A sombra é um complemento, um mero certificado da nossa errância...
ResponderExcluirBeijo :)
Disseste bem : a sombra.
ResponderExcluirA sombra não tem identidade e nunca a terá se não encontrar a sua própria luz.
Beijinho, amiga.
Continua! Conheces o teu caminho!
Sombra não nos serve de moradia e consolo, o que nos basta é sabermos da nossa autenticidade, da nossa vida, e seguindo em frente, sabendo da nossa capacidade, não nos escondendo em nós mesmos, assustados.
ResponderExcluirSomos personalidade única, e é essa que tem de prevalecer, sempre!
A sombra é necessária para destacar o objeto que lança suas sombras no mundo. A penumbra são os espectros que pairam atrás dos objetos, lhes dando mais contraste, enquanto viram as faces para suas próprias luzes. Mesmo quem encara a luz de frente ainda terá de sofrer certas gradações difusas de penumbra, pois alguns seres erguem-se tão altos, e tão distantes, que seria inevitável que toda uma atmosfera atrás dele não sofresse senão um tanto de obscurecimento. Mas pudera soubessem todos da coragem em teu poema, de modo que, quanto mais superfície iluminada: mais pessoas determinadas à prolongar-se na revelação, mais resplandecente seria então todo o conjunto das vidas humanas. Às vezes umas peças se erguem como uma nota musical numa sinfonia, e agem como que nuvens passageiras para algumas peças mais baixas, fazendo-as soar um pouco mais próximas à nuvem que as sombreou. Tal é a natureza dos teus versos, e quais gradações eles já não projetam em nós leitores?! Partilhamos um tanto de vossa luz, sendo quanto de vossa sombra? No mais, quantas sombras vastas e antigas já não pairam sutis sobre nossas cabeças, pois não temos conhecimento do seu surgimento, restando algumas esquecidas, de tão largas quase que imperceptíveis aqui em baixo, como a sombra da luz sobre a terra.
ResponderExcluirAbraço!
Paulo S.
Oi Paulo,
ExcluirBelíssima e profunda a tua análise,uma luz
projetando a beleza da palavra em seus vários significados...
Muito obrigada!!
Abraço.
Gosto de sombras e congéneres quando se faz(em) arte.
ResponderExcluirGosto de olhar a minha sombra, sobretudo quando me faz elegante.
Gosto de recortar sombras, na mente.
Gosto das ideias à volta da sombra, filosoficamente.
(...)
Não gosta de pessoas que se disfarçam de sombras.
Não gosto da palidez da sombra quando quer ofuscar o brilho do original.
GOSTEI MUITO do teu poema, prendendo-me esta estrofe:
" Presentificando
o fantasma
na espreita
do roubo
das idéias."
BJOS; querida Suzete :)