De certo o deserto espuma de mim. Oceano assim, assim... (Suzete Brainer)
quarta-feira, 17 de junho de 2015
A Tua Imagem na Janela da minha Alma
Eu
Te vi da janela
Da minha alma.
Caminhavas,
Leve pluma,
Suave,
Feito
Um cavalo manso.
Chamava teu nome,
Mas,
O vento levava junto
O som da realidade
Barulhenta.
Tu,
No teu silêncio
Profundo eremita,
Não observaste
A minha presença
Que gritava à tua ausência.
Estranho te ver
Através da janela:
Os teus passos
Marcando uma distância
Que te leva
Onde o som da minha voz
Não chegará a ti.
Tentei
Através do pensamento.
Mas,
O teu silêncio profundo
De um mestre taoista
Não se distrai
Com mensagens aleatórias.
Aí,
Fui direto à linguagem do coração.
Chegando ao teu coração
Encontrei a minha presença
Tão enraizada
Que me senti em casa
E percebi que não precisavas te chamar:
Eu estava em ti.
Suzete Brainer (Direitos autorais registrados)
Imagem: Obra de Alberto Pancorbo.
Dedicado ao meu marido Manoel Belo, meu
grande amor e parceiro na vida, de idéias,
projetos e profissão.
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Su Querida,
ResponderExcluirTu sabes o quanto eu adoro este teu poema... Para mim, é uma obra de arte
poética que revela o teu talento original com a magnitude da profundidade
e beleza das construções imagéticas presentes nele.
Só o título é grandioso,no qual nomeia o teu primeiro livro de poesia.
Tenho o meu sempre por perto. Sei o quanto o Belo ficou emocionado
com esta obra de arte dedicada a ele.
É muito lindo este poema,Su!!
Beijinhos e abraço de alma...
Nara.
Tu és muito querida e generosa...
ExcluirSei o quanto és apreciadora, leitora e conhecedora da arte
poética e literária de modo geral e ficou muito feliz com a
tua apreciação e incentivo carinhoso. É uma honra para mim
receber este teu olhar de poeta sensível e sublime.
Muito obrigada, minha irmã de alma!!
Beijinhos e aquele abraço de paz...
Oi Suzete,
ResponderExcluirEste título: "A tua imagem na janela da minha alma"
é uma bela, original e surpreendente construção imagética,
que decorre em dois sentidos: A imagem do outro (amado) no
chamamento da minha alma a observar e a permanência do
outro (amado) em imagem nos meus olhos (como janela da alma)...
O poema como um todo é uma declaração e constatação do
amor, uma expressão poética e literária invulgar e portanto
inesquecível ao preencher um espaço para poucos, de
uma arte poética sublime!
Felipe (seu fã).
Depois desta tua leitura e análise, o poema ganhou
Excluiruma grandiosidade de completude na essencialidade poética...
Muito obrigada por me proporcionar esta emoção (única)!!
Grande abraço!
Ps:Ficastes ausente muito tempo, um olhar profundo e
generoso deste faz falta...
As vezes, por um tempo fico desconectado da net.
ExcluirMas, entrar em contato com a sua arte poética
é sempre um prazer...
Mais uma vez, muito obrigada, Felipe!!
Excluirhá encontros assim - perfeitos!
ResponderExcluirque vencem o tempo e a distância...
beijo
Suzete, já havia passado por aqui e me encantado com o caminho que seguiu em seu poema. O título já nos direciona para algo muito belo. Por certo, seu marido se sentiu coroado, ao ler seus versos. Uma homenagem cheia de magia para um companheiro de vida que se ama, verdadeiramente. Sua sensibilidade e talento são louváveis. Amei! Bjs.
ResponderExcluirSuzete, querida, você foi de uma gentileza ímpar em meus espaços. Fiquei imensamente feliz com sua generosidade, pois muito a admiro, como pessoa e pelo indiscutível talento. Obrigada. Bjs.
ResponderExcluir"Eu estava em ti", dizes tu. Mas isto só é sentido por almas de rara sensibilidade e em perfeita sintonia com o outro.
ResponderExcluirFoi assim que comecei o meu comentário. Depois vi que era dedicado ao teu marido e li os comentários e as tuas respostas, Então, que mais posso acrescentar? Apenas isto: parabéns por teres tecido este grandioso poema ao longo do qual a sintonia entre ambos está magistralmente plasmada.
Como não ficar tocado com esta homenagem?
BJO, querida Suzete :)
que lindo Suzete...é dessa forma que sentes e transmites neste poema, que o verdadeiro amor se manifesta...aliás, o amor (o verdadeiro amor) é essa compreensão de que estamos nos outros...abraços
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