sexta-feira, 13 de julho de 2018

Esta Rua Deserta Pátria









Nesta rua deserta do meu País,
A fome crua
Assombra
Os sem-nome
Que escondem a tristeza no chão
Batido da calçada.

A faca amolada
Da violência da marginalização
Escurece rostos
Na sombra, 
Entre sobras do lixo orgânico.

São humanos
Em total abandono;
Carregam dentro de si
Esta rua deserta
Chamada 
Pátria!


Suzete Brainer (Direitos autorais registrados)

Imagem: Obra de Christian Schloe.


20 comentários:

  1. Parabéns pelo poema!! lindo demais!


    Hoje, especial: Deambulando, no meu silêncio.

    Beijos e um excelente fim de semana!

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  2. Querida Suzete, teu belo poema é o retrato do que tenho visto todos os dias, cada vez calçadas mais cheias, ocupadas pelos moradores de rua, famintos e marginalizados. E violentos. E como crescem! Obviamente também vês aí as barracas que se proliferam nas ruas, quem tinha alguma coisa não tem mais. Mas é aquilo, parece que pobres serão sempre, mais, e mais.
    São Paulo, cidade rica, próspera, agora suas ruas estão abrigando barracas em pleno centro. Eu vi, barracas com teto de plástico dominando nossas ruas. Não sei, amiga, não sei mais nada...É preocupante. O que virará nossa pátria?
    Parabéns!
    Beijo, amiga, um bom fim de semana!

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  3. Esta dor de alma não acontece só no Brasil, mas aqui é de Brasil que se trata. E eu revisito um país de enormes potencialidades que se expõe entre favelas. Esta imagem é a primeira que o turista colhe. Como dói!
    Teu poema, querida amiga Suzete, faz jus à sensibilidade de poetisa talentosa, inconformada e rebelde.

    Meu abraço e meu desejo de transformação.

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  4. Bom tarde, o poema retrata na perfeição o momento que vive do belo e rico Brasil, onde os políticos se governam e alguns juízos querem ser políticos e no lugar da justiça fazem politica para mais tarde serem governantes também, os discursos deles (golpistas) são mentirosos,

    Sem que o discurso eu pedisse,
    Ele falou; e eu escutei,
    Gostei do que ele não disse;
    Do que disse não gostei.

    Antonio Aleixo

    os governantes brasileiros ignoram o povo, não querem dar dignidade ao povo como lhes compete, desejam que a ignorância seja rainha,

    Sei que pareço um ladrão...
    Mas há muitos que eu conheço
    Que não parecendo o que são,
    São aquilo que eu pareço.

    Feliz fim de semana,
    AG

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  5. Muito verdadeiro seu poema. Enfrentar a travessia desses desertos que secam a esperança de um povo está cada vez mais difícil. Parabéns minha amiga.

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  6. Olá, Suzete!
    Gostei muito desse teu inspirado poema que canta os males da nossa combalida sociedade. Muito há o que se fazer minha amiga poeta, e pode, canto como esse, com a sua força social, abrir os olhos daqueles políticos que se recusam enxergar toda a miséria do nosso país, já que se preocupam somente com suas contas bancárias. Um poema de grande beleza. Parabéns!
    Um bom domingo.
    Beijo
    Pedro

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  7. Suzete querida , este grito poético retrata nossa revolta . A dignidade humana que é um dos princípios contidos na Constituição Federal está sendo totalmente ignorada pelo poder público . A imagem que ilustra seu belo poema também é incrível . Agradeço a partilha , amiga . Beijos

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  8. Bom dia, querida amiga Suzete!
    Infelizmente a gente não se acostuma com esta leviandade tremenda dos governantes.
    Nossa pátria está ao abandono e nos sujeitamos a estar no meio de perigos de todo tipo e tomarmos com seres humanos num total descaso com autoestima no chão.
    Poetar é uma forma de orar no silêncio do coração e de gritarmos ao mundo que temos os olhos abertos ao descrédito de quem deveria cuidar.
    Obrigada pelo carinho comovente em meu blog, amiga.
    Tenha dias felizes e abençoados!
    Bjm fraterno e carinhoso de paz e bem

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  9. Aos amigos da Leninha: quando tiverem oportunidade, por favor, façam uma visita ao seu blog (helena.blogs.sapo.pt), pois lá deixei uma postagem que diz respeito a todos os seus amigos blogueiros.
    Atenciosamente,
    Vera Lúcia

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  10. Um poema tão intenso gritando uma verdade nua nos traz lágrimas aos olhos pelo nosso povo miseravelmente abandonado
    Grande beijo amiga Suzete e uma feliz semana

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  11. Boa noite Suzete!
    Um poema muito bonito,construído com brilhantismo.
    Ótima semana!
    Abraço grande!
    Escrevinhados da vida

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  12. Um poema que é um grito de alerta… O poeta é realmente um ser social. Por isso não pode ignorar o que o cerca… Magnífico e reflexivo. Uma boa semana.
    Um beijo.

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  13. Gostava tanto de acreditar que caminhamos para um Mundo melhor, mais igualitário, mais humanizado, mais respeitador da Vida e a tudo o que a rodeia, mas a percepção diz-me que, a maioria das vezes ha' retrocessos difíceis de anular . E' o que esta' a acontecer nessa Pátria sofredora, onde uns quantos podem tudo e a grande maioria nada possuem.
    Este seu Poema, Amiga, e' dorido desta realidade, mas com palavras assim se alerta e consciencializa. Precisamos de uma nova moral a quem nos governa, ou de outro tipo de pessoas que ponham o seu saber e boa-vontade ao serviço dum Povo.
    Obrigado pela simpatia dos seus comentários.
    Gosto muito da sua escrita e, este belo Poema, e' perfeito.
    Uma boa semana, Suzete, com um beijo.

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  14. Um poema acutilante.
    Parabéns pela excelência das suas palavras poéticas.
    Amiga Suzete, continuação de uma boa semana.
    Beijo.

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  15. Mais um profundo e belo momento poético... que nos mostra a realidade... indisfarçável... que a classe política daí, insiste em não querer ver... e para a qual, parece ter desistido de achar solução... preocupados que estão, com os seus próprios interesses e esquemas... mais degradantes, que qualquer lixo orgânico...
    Deixando um beijinho, e votos de uma excelente semana!...
    Ana

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  16. Bom dia, querida amiga Suzete!
    Estamos abandonados, mas com a certeza de que não sucumbimos ao abandono por parte de quem deveria nos guiar.
    Você está aqui:
    https://espiritual-marazul.blogspot.com/2018/07/nao-sou-puro-amor-sou-amor-puro.html?m=1
    Tenha dias felizes e abençoados!
    Bjm fraterno de paz e bem

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  17. Minha querida poetisa.
    Passei para matar saudades e encontro um poema com gritos no coração. É de humanidade que se trata. Bem ao teu estilo, minha amiga.
    Beijos e abraços de esperança.

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  18. Sinto ao ler-te a ignomínia do poder que se instalou. Nem migalhas deixa aos excluídos da sociedade.
    Um poema belíssimo que expressa bem o que se passa nesse país (é incrível, é um pecado o roubo e o desperdício que existem) e em muitos outros neste Mundo onde a ausência do bem deixa espaço ao mal.
    Bj.

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