Um ponto intacto vibra
numa incerteza!
Às vezes
escalo uma montanha
acesa em mim;
noutras,
uma abrupta descida de musgo, solidão e espera,
(áspero o corredor da saída).
Mas,
a vida me embala nos
dias claros,
me adormece nos dias
cinzentos...
Enigmaticamente,
se fez silêncio
numa
primavera de vento frio,
restando tu e eu
flores crestadas do inverno...
Pequenos minutos
mastigados
de nada primaveril.
Nesta escalada
nos desencontramos:
eu fiquei com
teus olhos;
tu, com
a minha boca...
Suzete Brainer (Direitos autorais registrados)
Imagem: Obra de Andrew Astroshenko.
Li e reli o seu poema, porque é notável.
ResponderExcluirNenhuma palavra surge ao acaso e o final é de mestre.
Parabéns pela excelência deste poema, brilhante.
Bom domingo e boa semana, minha querida amiga Suzete.
Um abraço.
Simbologias a respirar, entre linhas, colocadas por mão sabedora...
ResponderExcluirMuito bem, Suzete!
Uma boa semana :)
Simbologias a respirar, entre linhas, colocadas por mão sabedora...
ResponderExcluirMuito bem, Suzete!
Uma boa semana :)
Os altos e baixos do mundo interior. Tanto se sobe a montanha, como se desce ao raso chão da solidão. Um poema de como a nossa inconstância tem tanto a ver com o mundo exterior; o sol faz-nos acordar, os dias que parecem noite fazem-nos adormecer. Mas surpreendentemente pode acontecer uma escalada em que no "desencontro" se encontrem os olhos de alguém que nos faz aterrar em segurança.
ResponderExcluirBelíssimo poema, Suzete!
xx
Boca na boca a respirar
ResponderExcluirBj
O teu poema parece nos dizer que é a vida escrita, que se joga e se afirma em cada poema, tão bem traduzido na leitura de Laura. Parece-nos mostrar que há um sujeito que respira malgré a escalada.
ResponderExcluirE pela materialidade do poema, depreende-se a procura do saber, do reconhecer-se, em suma, apreende-se a essência da vida, que é a eterna procura.
Um belo poema, Suzete!
Belo poema...Espectacular....
ResponderExcluirCumprimentos
Belo poema...Espectacular....
ResponderExcluirCumprimentos
que o musgo se faça leito. macio...
ResponderExcluire os olhos sejam incêndio. no encontro das bocas...
poema de uma sensualidade elegante e terna...
gostei muito.
beijo
OI SUZETE!
ResponderExcluirE NESTES ALTOS E BAIXOS QUE SE SUCEDEM EM NOSSA ESCALADA O TURBILHÃO QUE NOS ENVOLVE E QUE DE MODO LINDO COLOCAS EM TEU TEXTO.
ABRÇS
-
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
Um poema de sensualidade na forma da eterna busca... a essência dos afectos. Os dias sim, os dias não, tal como primavera-inverno. Somos esse desassossego constante.
ResponderExcluirQuerida Suzete, sensibilizada pelas palavras deixadas em meu blog.
Um beijo,
Um poema de sensualidade na forma da eterna busca... a essência dos afectos. Os dias sim, os dias não, tal como primavera-inverno. Somos esse desassossego constante.
ResponderExcluirQuerida Suzete, sensibilizada pelas palavras deixadas em meu blog.
Um beijo,
É muito bom irmos escalando rua acima,rua abaixo,a escalada da vida!! Gostei das tuas palavras,muitos beijinhos,tudo de bom para ti,excelente mês de Novembro!! http://mundoteenagerofsophia.blogs.sapo.pt
ResponderExcluirPossuindo o mundo, num beijo eterno.
ResponderExcluirbj
Muito bom, Suzete, o seu poema.
ResponderExcluir"Enigmaticamente,
se fez silêncio
numa
primavera de vento frio,
restando tu e eu
flores crestadas do inverno..."
Parabéns.
Abraços
Que bonito: "Nesta escalada nos desencontramos: eu fiquei com teus olhos; tu, com
ResponderExcluira minha boca..." no todo, bela construção, Suzete. Abraços.
Escalada de nós mesmos...
ResponderExcluirBjbj Lisette.
O vento frio pode chegar quando esperamos o sol. Nos pega desprevenidos, nos altos e baixos dos sentimentos, da vida, das reflexões. Lê-lo nos permite adequar o instante ao que se possui dele mesmo. E até dos desencontros se guarda algo precioso. Não há fim. Belíssimo, Suzete! Sempre me encanta. Grande beijo!
ResponderExcluirQue poema, Suzete!
ResponderExcluirAdmirável como você externa sentimentos com tanta poesia.
Não sou 'expert' na interpretação de poemas, mas endosso as palavras da amiga Laura, que, sob a minha ótica, fez uma leitura perfeita do poema..
Um final majestoso.
Beijo.
"Só que sobe à montanha toca o céu" dizia Miguel Torga.
ResponderExcluirGostei muito do poema.
Um beijo.
Gostei imenso de reler o seu excelente poema.
ResponderExcluirFico à espera do próximo...
Tenha um bom fim de semana, querida amiga Suzete.
Abraço.
Lindo poema!!!!!!!!! Abençoado final de semana!!!!!!!!!!! Beijos
ResponderExcluirBelissimo poema.
ResponderExcluirBeijinhos
Maria
Suzete,
ResponderExcluirés calada, tu própria o confessas, neste poema brilhante.
Lançaste com mestria as cordas que levam ao cume.
Bj
Gosto do valor semântico do termo "escalada".um ato de persistência, de desafio e de superação. Engrandece-nos. E ela faz-se, precisamente numa alternância de que o teu excelente poema é exemplo: alento, desalento ou vice-versa, ocorrendo , em ambos os estados, pausas para encontros e despedidas. Mas de tudo, fica algo dentro de nós...
ResponderExcluirMagistral. pela carga imagética que dele emana, esta construção poética.
Bjo, querida Suzete :)