terça-feira, 23 de outubro de 2012

Solidão Humana...

                                       
                                 


                                
Solidão humana:
O silêncio de palavras mortas
Vozes esquecidas
Entre o quarto e a sala...
Lembranças
Que cantam o isolamento,
Um sentimento
Dolorido do anonimato...

Solidão humana:
Frieza que cristaliza rostos contorcidos
Sedentos de um sorriso que ilumine o dia...

Solidão,
Solidão gigante,
Faminta de um olhar
O olhar
O sentir
O reconhecimento da importância de se estar
Vivo.
Vivo em si
Vivo no mundo...

Solidão humana:
Um mundo sem escuta
Sem olho no olho
Sem colo que guarde
A ternura da alma...

Solidão:
Espaço de evolução
Encontro do humano
Dança da liberdade
Canção da singularidade
Construção do sol da pluralidade
Nos passos
Do silêncio dos dias...

Solidão,
Tão necessária e real
Quanto a morte trazida
Pela vida.

Suzete Brainer (Direitos autorais registrados)


8 comentários:

  1. Porque a solidão deambula nas lembranças
    Agarra-se ao presente, sem voz…
    (Quando só pede um abraço)
    Mas como tu dizes necessária
    E certa como os dias que passam.

    Gostei muito do teu poema, em meditação
    Que mostra duas vertentes, da solidão.
    Talvez estas tuas palavras encurtem as distâncias…

    Beijinho Grande, amiga


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  2. Entristece-me o teu poema de tão sentido, tão real, tão sofrido!
    Deixa um travo amargo no coração.
    Quanta sensibilidade!

    Grande abraço querida amiga.

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  3. olá amiga Suzete,

    perfeito, como uma luz existencial, sem nada a acrescentar...a contemplar apenas...

    a solidão, em toda a sua negatividade, aparente, é um veiculo de autoconhecimento, "necessário e real".
    é por vezes desconsiderada, combatida, no medo solitário de enfrentar a própria solidão...casual, elementar, indispensável para avançar, para percorrer o caminho de retorno a...casa.

    Bj e abraços amiga para ti a para a tua familia.

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  4. A ausência é anónima
    assim como desconhecida é a dor (profunda)
    que se instala e promete ficar
    como esquecida voz

    Talvez a vida mais próxima da morte


    Gostei da reflexão e do verso

    Bjo.

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  5. A solidão é mesmo "um mundo sem colo que guarde a ternura da alma".
    Gostei muito do teu poema. É magnífico.
    Suzete, tem uma boa semana.
    Beijo.

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  6. Solidão habitada de palavras-poesia.

    Beijos, amiga

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  7. Finalmente encontrado um dos meus amores, momentaneamente perdido... Um amor de palavras feito e de poesia imensa. Não voltarei a perder-te Suzete Brainer!Que enorme escolha, essa, a do teu anjo-indio... Iluminado sempre, o teu interior!
    Um enorme abraço as dois! :)

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  8. Querida amiga: o título está muito bem desenvolvido no poema; tocas no essencial e de forma acutilante. O que relevo: o olhar que se ignora, esse que, se bem observado, pede o colo, o afago, o sorriso, a atenção...Doutro modo, o silêncio - como dizes - é a perfeita identificação com o sentir da solidão. E como está presente na sociedade atual, seja pela correria, seja pelo individualismo, seja porque já se tornou um modo de viver... Reporto-me, essencialmente, à solidão real, não aos momentos de solidão que procuramos para exercício de introspeção.
    Sempre um prazer ler teus escritos!
    Bjo, querida Suzete

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