Solidão humana:
O silêncio de palavras mortas
Vozes esquecidas
Entre o quarto e a sala...
Lembranças
Que cantam o isolamento,
Um sentimento
Dolorido do anonimato...
Solidão humana:
Frieza que cristaliza rostos contorcidos
Sedentos de um sorriso que ilumine o dia...
Solidão,
Solidão gigante,
Faminta de um olhar
O olhar
O sentir
O reconhecimento da importância de se estar
Vivo.
Vivo em si
Vivo no mundo...
Solidão humana:
Um mundo sem escuta
Sem olho no olho
Sem colo que guarde
A ternura da alma...
Solidão:
Espaço de evolução
Encontro do humano
Dança da liberdade
Canção da singularidade
Construção do sol da pluralidade
Nos passos
Do silêncio dos dias...
Solidão,
Tão necessária e real
Quanto a morte trazida
Pela vida.
Suzete Brainer (Direitos autorais registrados)
Porque a solidão deambula nas lembranças
ResponderExcluirAgarra-se ao presente, sem voz…
(Quando só pede um abraço)
Mas como tu dizes necessária
E certa como os dias que passam.
Gostei muito do teu poema, em meditação
Que mostra duas vertentes, da solidão.
Talvez estas tuas palavras encurtem as distâncias…
Beijinho Grande, amiga
Entristece-me o teu poema de tão sentido, tão real, tão sofrido!
ResponderExcluirDeixa um travo amargo no coração.
Quanta sensibilidade!
Grande abraço querida amiga.
olá amiga Suzete,
ResponderExcluirperfeito, como uma luz existencial, sem nada a acrescentar...a contemplar apenas...
a solidão, em toda a sua negatividade, aparente, é um veiculo de autoconhecimento, "necessário e real".
é por vezes desconsiderada, combatida, no medo solitário de enfrentar a própria solidão...casual, elementar, indispensável para avançar, para percorrer o caminho de retorno a...casa.
Bj e abraços amiga para ti a para a tua familia.
A ausência é anónima
ResponderExcluirassim como desconhecida é a dor (profunda)
que se instala e promete ficar
como esquecida voz
Talvez a vida mais próxima da morte
Gostei da reflexão e do verso
Bjo.
A solidão é mesmo "um mundo sem colo que guarde a ternura da alma".
ResponderExcluirGostei muito do teu poema. É magnífico.
Suzete, tem uma boa semana.
Beijo.
Solidão habitada de palavras-poesia.
ResponderExcluirBeijos, amiga
Finalmente encontrado um dos meus amores, momentaneamente perdido... Um amor de palavras feito e de poesia imensa. Não voltarei a perder-te Suzete Brainer!Que enorme escolha, essa, a do teu anjo-indio... Iluminado sempre, o teu interior!
ResponderExcluirUm enorme abraço as dois! :)
Querida amiga: o título está muito bem desenvolvido no poema; tocas no essencial e de forma acutilante. O que relevo: o olhar que se ignora, esse que, se bem observado, pede o colo, o afago, o sorriso, a atenção...Doutro modo, o silêncio - como dizes - é a perfeita identificação com o sentir da solidão. E como está presente na sociedade atual, seja pela correria, seja pelo individualismo, seja porque já se tornou um modo de viver... Reporto-me, essencialmente, à solidão real, não aos momentos de solidão que procuramos para exercício de introspeção.
ResponderExcluirSempre um prazer ler teus escritos!
Bjo, querida Suzete