Neste véu
fragilmente bordado de horas
de impermanente textura que se fazem
dias,
o silêncio é reposto por palavras
emudecidas por dentro...
Agora,
guardar a quietude extraída
das esperas...
Suzete Brainer (Direitos autorais registrados)
Imagem: Obra de Chelin Sanjuan.
Suzete,
ResponderExcluirNo silêncio há sempre algo que fermenta, o desejável é que seja a sabedoria...
Beijo :)
Este poema é imenso em profundidade e beleza imagética.
ResponderExcluirSomente a poesia magistral pode descrever a dinâmica
das horas como: "frágil bordado de impermanente textura
que se fazem dias".
Eu guardei a quietude deste belo poema bem
dentro da minha alma...
Grata por este momento, Su!
Beijos no coração.
Nara.
a quietude das esperas
ResponderExcluirdemora-se nas horas
inquieta-se no silêncio
emudece o verso
bjo amigo
O silêncio sempre leal companheiro que nos confronta com o nosso Eu.
ResponderExcluirAs horas bordam todos os acontecimentos à nossa volta. Podem tecer véus transparentes e cheios de brilho, ou pesados de opacidade que nos ocultarão o olhar.
ResponderExcluirOs dias acabam por acontecer mesclados nessas diferentes texturas, penetrados ora por palavras que podem ser doces e amargas, intervaladas por silêncios. E é o silêncio que nos fala, é com ele que marcamos encontro connosco a sós. Sem véus.
O agora, por ser sempre uma espera, mais ou menos longa, mas desejavelmente serena para que o mais belo bordado em nós faça inveja ao das horas.
Um poema condensado e lindo, bordado com grande perícia pela tua instantânea sensibilidade.
Ler a tua poesia aquieta-me a alma, querida Suzete.
xx
A cerzir palavras
ResponderExcluirse fazem poemas de corpo inteiro
Um poema aparente mente muito simples, mas que exige uma leitura bem atenta.
ResponderExcluirGostei muito, é magnífico.
Suzete, querida amiga, tem uma boa semana.
Beijo.
As horas escondidas
ResponderExcluirNos gestos
No sonho
Os dias que aguardam no faz-de-conta
Das palavras.
Tocante, teu poema.
Gostei muito, amiga
Beijinho grande
Olá Amiga!
ResponderExcluirQue bem "bordas as palavras" ! Um belo momento de poesia. Parabéns!
M. Emília
Olá Suzete!
ResponderExcluirUm poema de uma profundidade subtil, em que consegues dar à vida ,todo o rendilhado mágico, desse teu sentir poético.
Que este tempo de espera, nos seja leve e bordado a flores de cetim....
ADOREI! Beijinhos
palavras caladas, por vezes gritos rasgados no eco dos silêncios...
ResponderExcluirmuito bom
:)
A imagem é poderosa e retrata bem o silêncio _ nada como um felino para demonstrar a 'quietude das esperas'.
ResponderExcluirlindo Suzete
abraço
Entre o silêncio e as palavras poeticas, a espera de...! abração
ResponderExcluirBoa tarde, Suzete. Belíssimo modo de falar do tempo em versos preciosos.
ResponderExcluirO tempo vai moldando a nossa vida, nossos desejos, anseios e esperas.
Nem sempre somos senhores dele, mas ele ocorre, se faz presente, passado ou futuro, no momento em que achar que se faz necessário.
Somos seres que vivemos de um modo atemporal.
Parabéns!
Beijos na alma e paz!
No silêncio das esperas o tempo leva por vezes eternidades a passar.
ResponderExcluirBelissimo poema, lindissimo blog, adorei, meus parabéns.
Beijinhos
Maria
Uma pausa que promete reter um sentimento.
ResponderExcluirbj
Hoje quero agradecer por todas as vezes que você me fazer sorrir com tua linda visita em meu blog, por me fazer acreditar que existem pessoas e pessoas…
ResponderExcluirObrigada…
Simplesmente obrigada…
Que Deus te abençoe sempre…
Um lindo final de semana.
Beijos
Ani
Parabéns, Suzete, por tudo de lindo que tens escrito. E que essas esperas se tornem presenças. Meu beijo, e se puderes já podes ler coisa nova no meu cantinho.
ResponderExcluirO silêncio sempre busca algo...
ResponderExcluirBeijo Lisette
Vim à procura de mais bordados...
ResponderExcluirSuzete, tem uma boa semana.
Beijo, querida amiga.
Um poema de elevada densidade "filosófica", belamente embelezado por rendas poéticas. Atentei no vocábulo "véu". Um véu serve para esconder algo, impele a um recolhimento. É como se nele o tempo traduzido em horas, ficasse descansando, esperando por algo. Talvez a chave da mensagem seja mesmo o recolhimento como quando se está num templo...
ResponderExcluirSuscitaste-me esta reflexão...Adorei!
BJO, amiga :)