sexta-feira, 1 de novembro de 2013

O bordado das horas...









Neste véu

fragilmente bordado de horas

de impermanente textura que se fazem dias,

o silêncio é reposto por palavras

emudecidas por dentro...


Agora,

guardar  a quietude extraída

das esperas...



Suzete Brainer (Direitos autorais registrados)

Imagem: Obra de Chelin Sanjuan.



21 comentários:

  1. Suzete,
    No silêncio há sempre algo que fermenta, o desejável é que seja a sabedoria...

    Beijo :)

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  2. Este poema é imenso em profundidade e beleza imagética.

    Somente a poesia magistral pode descrever a dinâmica

    das horas como: "frágil bordado de impermanente textura

    que se fazem dias".

    Eu guardei a quietude deste belo poema bem

    dentro da minha alma...

    Grata por este momento, Su!

    Beijos no coração.

    Nara.

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  3. a quietude das esperas
    demora-se nas horas
    inquieta-se no silêncio
    emudece o verso

    bjo amigo

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  4. O silêncio sempre leal companheiro que nos confronta com o nosso Eu.

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  5. As horas bordam todos os acontecimentos à nossa volta. Podem tecer véus transparentes e cheios de brilho, ou pesados de opacidade que nos ocultarão o olhar.
    Os dias acabam por acontecer mesclados nessas diferentes texturas, penetrados ora por palavras que podem ser doces e amargas, intervaladas por silêncios. E é o silêncio que nos fala, é com ele que marcamos encontro connosco a sós. Sem véus.
    O agora, por ser sempre uma espera, mais ou menos longa, mas desejavelmente serena para que o mais belo bordado em nós faça inveja ao das horas.
    Um poema condensado e lindo, bordado com grande perícia pela tua instantânea sensibilidade.
    Ler a tua poesia aquieta-me a alma, querida Suzete.
    xx

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  6. A cerzir palavras
    se fazem poemas de corpo inteiro

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  7. Um poema aparente mente muito simples, mas que exige uma leitura bem atenta.
    Gostei muito, é magnífico.
    Suzete, querida amiga, tem uma boa semana.
    Beijo.

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  8. As horas escondidas
    Nos gestos
    No sonho
    Os dias que aguardam no faz-de-conta
    Das palavras.

    Tocante, teu poema.
    Gostei muito, amiga

    Beijinho grande

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  9. Olá Amiga!
    Que bem "bordas as palavras" ! Um belo momento de poesia. Parabéns!
    M. Emília

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  10. Olá Suzete!

    Um poema de uma profundidade subtil, em que consegues dar à vida ,todo o rendilhado mágico, desse teu sentir poético.
    Que este tempo de espera, nos seja leve e bordado a flores de cetim....

    ADOREI! Beijinhos

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  11. palavras caladas, por vezes gritos rasgados no eco dos silêncios...

    muito bom

    :)

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  12. A imagem é poderosa e retrata bem o silêncio _ nada como um felino para demonstrar a 'quietude das esperas'.
    lindo Suzete
    abraço

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  13. Entre o silêncio e as palavras poeticas, a espera de...! abração

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  14. Boa tarde, Suzete. Belíssimo modo de falar do tempo em versos preciosos.
    O tempo vai moldando a nossa vida, nossos desejos, anseios e esperas.
    Nem sempre somos senhores dele, mas ele ocorre, se faz presente, passado ou futuro, no momento em que achar que se faz necessário.
    Somos seres que vivemos de um modo atemporal.
    Parabéns!
    Beijos na alma e paz!

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  15. No silêncio das esperas o tempo leva por vezes eternidades a passar.
    Belissimo poema, lindissimo blog, adorei, meus parabéns.
    Beijinhos
    Maria

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  16. Uma pausa que promete reter um sentimento.
    bj

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  17. Hoje quero agradecer por todas as vezes que você me fazer sorrir com tua linda visita em meu blog, por me fazer acreditar que existem pessoas e pessoas…
    Obrigada…
    Simplesmente obrigada…
    Que Deus te abençoe sempre…
    Um lindo final de semana.

    Beijos
    Ani

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  18. Parabéns, Suzete, por tudo de lindo que tens escrito. E que essas esperas se tornem presenças. Meu beijo, e se puderes já podes ler coisa nova no meu cantinho.

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  19. O silêncio sempre busca algo...
    Beijo Lisette

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  20. Vim à procura de mais bordados...
    Suzete, tem uma boa semana.
    Beijo, querida amiga.

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  21. Um poema de elevada densidade "filosófica", belamente embelezado por rendas poéticas. Atentei no vocábulo "véu". Um véu serve para esconder algo, impele a um recolhimento. É como se nele o tempo traduzido em horas, ficasse descansando, esperando por algo. Talvez a chave da mensagem seja mesmo o recolhimento como quando se está num templo...
    Suscitaste-me esta reflexão...Adorei!
    BJO, amiga :)

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