
Nos meus passos
Existe o sal do meu não
saber.
O mel fica nos meus
olhos
quando fazem a curva,
perto do meu infinito
de dentro.
Meus cabelos carregam o
Sol,
com as horas nascidas
em mim,
sem pressa de morrer os
minutos
acesos do meio-dia.
Em minhas mãos ficam os
gestos
femininos das minha
perguntas.
Toda a música que há em
mim,
sopra os meus desejos
de mares calmos e
profundos,
verdes e azuis
de sorrisos
aventureiros,
da minha margem.
Levo o meu pensamento
num barco
com asas de pura esperança.
O ontem se foi,
o agora é sempre o
motivo
da presença, na minha casa nua...
Suzete Brainer (Direitos autorais registrados)
Imagem: Obra de Andrew Astroshenko.
Olá, Suzete.
ResponderExcluirBonito esse passeio.
;)
bj amg
Tanta suavidade, tanta harmonia, tanta riqueza, tanta poesia!!!
ResponderExcluirLindo!
Meu bjo, amiga :)
(Comentários em dia. O meu ontem e o meu agora foram para o teu espaço. Com prazer, sempre!)
é tão suave e bela a leitura!
ResponderExcluirdifícil é apreender todas as linhas e sentidos em que o poema se desdobra.
viagem sem regresso em tal sal "de não saber" (e o mel dos olhos) que se abrem ao Sol, sem pressa, nos minutos acesos do dia.
como se uma aragem esperançosa fosse eco de todas as femininas perguntas a preencher a "casa nua"...
parabéns.
Esta suave ondulação, entre o sal e o mel, me leva a escutar os seus passos, perscrutando a densidade e a leveza na elaboração metafórica deste poema, sobretudo o sopro transparente do vento levando as “asas de pura esperança” na tua casa nua e cúmplice, na ânsia pelo esperado.
ResponderExcluirOutro belo poema, Suzete!
Afetuosos abraços,
Um poema absolutamente fantástico.
ResponderExcluirQue as asas da esperança se mantenham eternamente abertas e em pleno voo.
Beijinhos
Maria
O sol passei de vez em quando em todos os poetas, senão apenas nos cabelos e no olhar, também nesse infinito interior que abriga a luminosidade com que o poeta olha para as coisas simples, e asas cores que pintam os desejos e os sons.
ResponderExcluirAs tuas asas de poeta são grandiosas, Suzete, e voam em liberdade e esperança, de ti e de volta a ti, em cada agora, na casa nua, ou seja, sempre na transparência do Ser.
Um poema maravilhoso!
xx
A melhor casa, aonde nos sentimos plenamente confortáveis, inteiros, nos mesmo, plenos. Belo poema, Suzete.
ResponderExcluirNo íntimo, onde guardamos sentimentos...
ResponderExcluirbj
Que doce seu poema,um passeio harmonioso pela casa interna,onde precisamos da nudez de alma, pra viver o hoje.
ResponderExcluirUm abraço
Sônia
Ter plena consciência de si próprio é uma virtude. Fazer excelentes poemas como este, é um talento.
ResponderExcluirGostei imenso, parabéns.
Bom fim de semana, querida amiga Suzete.
Beijo.
Voa, poeta! Há luz em todos os seus versos, embora comportem, também, interrogações. O "não saber" se abre para os desejos claros, na riqueza da autenticidade. Grande beijo, querida!
ResponderExcluirUma confissão poética, bem escrita!
ResponderExcluirBeijinhos!
Boa noite minha Querida Amiga.
ResponderExcluirPoema sentido, profundo e prenhe de beleza.
Aprecio muito a forma cuidadosa com que casa detalhes e contrastes, contornando as mais diversas margens, emergindo sempre algo de luminoso, alguma direção ou aprendizado.
Que os diferentes movimentos do ponteiro tempo, lhe permitam este voo de asas bentas.
Parabéns por mais um encantamento de letras! E, obrigada pelo acesso.
Deixo o meu carinho mais doce.
Um beijo.
Suzete , " o sal do não saber e o mel dos olhos " definem a beleza enorme deste seu poema . Beijos e boa semana .
ResponderExcluirFico imensamente contente por o sol brilhar e passear na tua vida,de facto,termos sol nas nossas vidas é fantástico e maravilhoso!!
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