Uma morte que me
dilacera em
Cortes pequenos do meu
sol desfalecido,
Como uma rua deserta
que me circula,
A única porta sou eu,
Sentada à minha
espera.
Frágeis janelas que
abrem e sempre fecham.
Preciso dos pássaros
Para voarmos junto,
Hoje eu não quero o chão.
Suzete Brainer (Direitos autorais registrados)
Imagem: Obra de Daniel Gerhartz.
Suzete,
ResponderExcluirGostei do seu “Cadê as Minhas Asas?”, um belo poema. Parabéns.
Abraços.
Pedro.
que os pássaros sejam azuis e canto
ResponderExcluire voo povoe a rua deserta - em suave dedilhar do piano...
meu abraço.
E se não queres o chão, vamos colher uma consoante como uma flor ao vento e inscrever outro poema no azul da noite, ainda que já não tenhamos as asas!
ResponderExcluirAfetuosos abraços, Suzete!
Há chão que se levanta
ResponderExcluirBj
Olá, Suzete.
ResponderExcluirNa ausência de asas, és levada pelo pássaro que é a tua escrita. O poeta é nas palavras que voa, que se faz grande e alcança o topo de céu ;)
bj amg
Que nas asas da poesia se sinta sempre feliz.
ResponderExcluirBelissimo poema
Beijinhos
Maria
Poxa... Que lindo! Sempre ela lá, a morte. "Contra quem vivo" diz Vinicius. A nos lembra-nos a viver intensamente enquanto é tempo. Que o tempo urge. O tempo surge. Sugere invencionices, truques, atalhos, fugas, fôlego, asas, partidas. Ótimo, Suzete.
ResponderExcluirAs tuas asas estão guardadas para um amanhã que trará o teu voo para a liberdade que nasceu pela manhã, como a tocar em ti o gesto da existência... E por seres a única a ver as janelas que se abrem e se fecham ante teu olhar admirado de luz, por certo estás a precisar dos pássaros que teus olhos divisam a voar livres, para juntos voarem para bem longe do chão... E por gostares “dos frutos das árvores com sabor da natureza molhada da chuva” consegues ver “as estrelas acesas no escuro do céu numa montanha” sentindo tocar em ti “o gosto da vida num sopro”. E a desarrumar o teu cabelo fica o morno do vento que a revolver “as palavras soltas, a correr sem as algemas pelo campo das idéias...”
ResponderExcluirSuzete, minha linda, ousei parafrasear os teus dois últimos poemas como uma forma de falar da minha admiração pela beleza da tua poesia. Perdoe-me a “ousadia”, mas não pude furtar-me este prazer de entrelaçar os magníficos versos para homenagear uma das grandes poetisas que tanto admiro.
Ficam sorrisos de anjos, estrelas colhidas no céu que vejo da janela do meu quarto, e muito do meu carinho para desejar que as horas dos teus dias tenham sempre janelas que nunca se fecham e portas sempre abertas ao sopro da poesia.
Helena
Poesia
ResponderExcluir.
.
Cada instante da poesia
é uma nova viagem,
mesmo que o assunto
seja o mesmo de sempre...
.
.
Francis Perot
Belo pensar poético
ResponderExcluirA morte, essa que não conhecemos, quando visita algum poema sempre se torna dramática , misteriosa... e o poema adquira uma beleza impar. Todos os sentidos se juntam. Apesar de triste, é bonito!
ResponderExcluirbeijinho!
O fascínio de ter asas. O fascínio de largar o chão e voar até perder a sombra...
ResponderExcluirMuito belo!
Beijos.
Boa noite Querida Suzete.
ResponderExcluirO seu poema e divino, tão triste quando as nossas assas voa e a gente fica sem chão. Os seus poemas sempre sao cheio de emoção. Meus parabéns pelo emocionante poema. Estou de volta ao virtual. Uma linda semana. Enorme abraço.
Boa noite Querida Suzete.
ResponderExcluirO seu poema e divino, tão triste quando as nossas assas voa e a gente fica sem chão. Os seus poemas sempre sao cheio de emoção. Meus parabéns pelo emocionante poema. Estou de volta ao virtual. Uma linda semana. Enorme abraço.
E voar é tão preciso...
ResponderExcluirExcelente poema, talvez um dos teus melhores que já li.
Suzete, tem uma boa semana.
Beijo.
"A única porta sou eu" para entrar e sair quando quiser.
ResponderExcluirE com asas de voar é mais fácil escapar ao chão.
Bj.
Há tantos momentos em que precisamos de nos ausentar!
ResponderExcluirAté para o nosso equilíbrio emocional. E, a escrita, como suporte, é um ótimo remédio.
Belo, querida amiga.
Meu bjo :)