quarta-feira, 17 de maio de 2017

As Folhas Amareladas




Resultado de imagem para imagem de pinturas de daniel gerhartz



Aquela folha amarelada

num canto do chão,

transportou-me no tom

nostálgico,

no rapto do instante-presente,

de repente a menina

que corria nos quintais,

os pés brancos que

realçavam sobre as folhas amarelas queimadas,

pisadas,

emitindo o som da liberdade das horas

nas tardes recolhidas de sol...


Agora, neste instante

colhido em pensamento flutuante, 

a mulher com as asas da menina,

voa simplesmente

levando as folhas...




Suzete Brainer (Direitos autorais registrados)

Imagem: Obra de Daniel Gerhartz.



21 comentários:

  1. Querida Suzete,
    Há imagens, sons ou cheiros que nos transportam para a infância. Nesse instante sentimos uma nostalgia que só as asas da imaginação conseguem amenizar e libertar.
    Bela a imagem o seu sentir minha doce amiga.


    Um beijinho

    O Toque do coração

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  2. Belíssimo poema.
    Gostei imenso das tuas palavras.
    Continuação de boa semana, amiga Suzete.
    Beijo.

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  3. Olá, Suzete!

    Espero que esteja bem e feliz.

    Quero lhe comunicar que a Leninha foi, hoje, de manhã, submetida a uma delicada cirurgia, não programada. Peço seu olhar para ela.

    Muito agradeço. Abraço.

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    Respostas
    1. Céu,

      Ontem passei o dia todo no consultório atendendo,
      somente agora tive condições de vir ao meu blog
      e irei ao blog da Leninha edesejo que tudo tenha
      ocorrido bem com ela.
      Agradeço muito a sua grande gentileza de me avisar!!
      Tudo de bom e paz para você e vamos pensar positivo
      para a querida Leninha...
      Abraço.

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    2. Olá, Suzete!

      Compreendo, perfeitamente. Nossa vida não é somente a virtual.
      Não tem k me agradecer absolutamente nada. O que fiz foi em nome de um sentimento denominado AMIZADE.

      Muito obrigada em nome da Leninha e em meu, tb.

      Beijos e bfds.

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  4. Curiosamente, através do seu poema também eu viajei no tempo e vi-me a brincar no jardim coberto de folhas.
    A leveza das folhas a transportar bonitas recordações, formando um delicado e lindo poema!
    Um grande beijinho

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  5. Basta uma folha folha amarelecia para espicaçar o teu espírito poético e te projetar num voo de contornos aliciantes. Um voo que nos convoca. E lá vamos ...

    Beijinho, amiga Suzete.

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  6. Lindo voo levando a saudade nas asas do passado! Bela poesia! bjs, chica

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  7. Fantástico o poder dos poetas que, de “folhas secas” fazem uma festa da Vida.

    No rescaldo da memória, a poetisa joga-se na nostalgia dos seus passos e do tom das folhas mortas e(n)leva-se em seu voo de fantasias (“pensamento flutuante”), celebrando o momento-instante em que mergulha.

    Sabe-se quanto o “poeta é fingidor” e, assim, pode muito bem acontecer que a “mulher com asas de menina” levando consigo as folhas secas e amarelecidas em que se projecta, mais não faça do que fornecer-nos a chave de decifração do belo poema - bálsamo a sarar espinhos de antigos passos ou enganos. E, então, mediante a magia do sopro poético, as folhas mortas renascem e, com elas, os espinhos de outrora se transfiguram em viçosas pétalas

    Parabéns pelo belíssimo poema, amiga Suzete, que me permitiu a mim, admirador entusiástico de tua poesia, compreender melhor a dimensão do teu talento.

    Beijo, minha Amiga

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  8. Adoro ver as folhas a esvoaçar ao vento, também me lembro dos meus tempos de infância.
    Maravilhoso poema
    Beijinhos
    Maria

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  9. Olá, querida Suzete!

    As folhas amareladas significam, que talvez já tivesse perdido algum do seu encanto, portanto, outonais, todavia, todas as estações da vida e não só têm sua própria beleza e características. Contudo, aquela folha amarelada, era única, singular. O que quereria ela?

    A menina que brincava e pulava nos quintais, era Primavera e nem se deu conta da folha amarelada, como é natural e normal, e seus pezinhos de princesa, alvos, leves e puros, "falaram" voo, horizontes infinitos e até o pôr do sol se fez mais tarde. Se rendeu, incondicionalmente, tenho certeza!

    E foi nesse instante que a menina mulher, já alada, como anjo de luz, abriu seus braços e levou, não sabemos para onde, a tal folha amarelada. Vem aí o tempo verde, das flores, do renascimento. Queremos acreditar!

    Tentei "dissecar" seu excelente poema, mas foi isso que senti, mesmo, qdo escrevi. O poema é feito para ser saboreado e cheirado, por cada um de nós, a seu jeito.

    Quero mto te agradecer as palavras sensíveis, inteligentes e sinceras deixadas no blog da nossa querida amiga Leninha e também no meu.

    Beijos e que as folhas fiquem bem de esperança, rapidamente, para nossa amiguinha.

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  10. A tua folha outonal
    Foi inspiração, Suzete,
    Que chega, e que me remete
    Ao inverno, pois, ao final

    Do outono. Virá e Afinal,
    Minha alma já espreita os sete
    Pecados que à mente compete
    Fazê-lo como um só mal

    Ou pecado, que eu sozinho
    Comento ao beber meu vinho
    Por gula que é o capital

    Pecado, cujo o caminho
    Há de levar-me ao cantinho
    Que eu ergo o meu santo graal.

    Grande abraço. Laerte.

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  11. Voa, levando as folhas...
    Que maravilhoso quadro, Suzete!
    (Quase apetece perpetuá-lo)

    Um beijinho :)

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  12. Querida amiga passei para lhe deixar um beijinho e desejar uma boa semana!


    O Toque do coração

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  13. As folhas amarelecidas e caídas têm o condão (para almas sensíveis e pesquisadoras de indícios de vida nos elementos inertes) de acionar o memorial sensitivo de vivências e, a par, a trajetória vivencional até ai hoje. E, de repente, somos a criança e o adulto...
    Neste poema, esta sensação está excelentemente bem versificada, numa trilogia, folha-voo-pensamento, não necessariamente por esta ordem.
    Parabéns, Suzete. Bjinho
    Sempre belas e adequadas as telas escolhidas

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  14. Da inocência branca o som puro levantou-se do chão.
    Agora, que o espaço cresceu, voltam à memória os dias claramente puros. Em cada folha caída nem réstia de mentira.
    Imagine-se que se abrem asas nos pés.
    Bj.

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  15. Um poema que inspira... liberdade, e abertura de espírito, para apreciar com olhos de menina, cada presente... oferecido por cada instante...
    Sem restrições... com a mesma liberdade das folhas ao vento... e com a mesma pureza dos olhos de menina... nos tempos de criança...
    Um poema lindíssimo, Suzete!
    Beijinho! Feliz e inspirada semana!
    Ana

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  16. Oi tia
    Bateu uma saudade imensa, aí vim no teu blog. ;)
    Amei esse poema.
    Saudades imensas

    Beijao
    Bruna

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    Respostas
    1. Minha querida Bru,

      Amei esta surpresa e este carinho!...rss
      Saudades imensas de ti sempre!!!!
      Estou te enviando um email, minha linda...
      Beijão e abraço bem apertadinho de saudades!
      Te amo, minha filha de coração e alma...rss

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