A Voz da Chuva
E quem és? disse eu ao aguaceiro que cai suave,
Que, estranhamente, me deu esta resposta, aqui traduzida:
Eu sou o Poema da Terra, disse a voz da chuva,
Eterno ergo-me impalpável
da terra e do mar sem fundo,
Em direção ao céu, de onde,
surgindo sob uma forma vaga,
completamente transformado e no entanto o mesmo,
Desço para banhar a aridez, os átomos,
as camadas de pó do globo,
E tudo o que nelas sem mim
seria apenas sementes adormecidas e por nascer;
E para sempre, de dia e de noite,
devolvo a vida à minha própria origem
e torno-a pura e embelezo-a,
(Porque a canção, saída da sua terra natal,
depois de cumprido o seu dever e ter deambulado,
Ouvida ou não na sua hora, regressa com amor).
Autor: Walt Whitman
Walt Whitman: Considerado pela crítica mundial o maior poeta da literatura
norte-americana. Sua obra-prima Folhas de Relva (1885) é
um dos pilares das letras modernas.
A voz sublime de Benjamin Clementine é
a essência da música, que nos toca na
sensibilidade como uma chuva inesquecível,
da mais alta arte sublime da música! (Suzete
Brainer).
Muito bonito!! Amei
ResponderExcluirObrigada pela partilha
Beijinhos
Bela partilha, poema e música!
ResponderExcluirE chuva era bem o que precisávamos aqui em Portugal!
beijinhos
Belíssimo!!!"E tudo o que nelas sem mim
ResponderExcluirseria apenas sementes adormecidas e por nascer", e tão atual.
Um poema lindíssimo de Walt Whitman.
ResponderExcluirPor aqui há seca extrema.
Gostei muito de ouvir Benjamin Clementine.
Um grande beijo.
Quanta beleza, sensibilidade, emoção, encanto... reunidos em um só poema!...
ResponderExcluirQuando a chuva cai, tudo é natureza revitalizada. Que saudades do cheiro a terra molhada!
ResponderExcluirQue boa escolha neste verão escaldante e seco! Fico mergulhada na bela voz de Benjamim Clementine.
Beijinho, querida amiga.
Não conhecia o poema nem o poeta. Mas gostei muito, apesar de ter sido escrito há mais de cem anos.
ResponderExcluirTambém gostei da canção e da voz do Benjamin Clementine.
Bom fim de semana, amiga Suzete.
Beijo.
A terra, sempre a terra (e todos os elementos que a sustentam) a fazer nascer odes como esta, lindíssimas e pluviosas como a abençoada chuva, que, este ano, tanto nos tem faltado. Parabéns pela escolha deste poema para traduzir o teu memento, assim como a da canção.
ResponderExcluirBjo, amiga
Bendita seja a seiva que produz frutos, como este este poema, como este poeta. Bendita escolha. As folhas de relva fere sempre a alma do leitor sensível.
ResponderExcluirBeijos, Suzette!
Como elas se tocam em virginal namoro!!!
ResponderExcluir- Bei_ja_mim, diz a terra à chuva
- Benjamin Clementine!
Bj.
Um poema... e um intérprete... que desconhecia por completo!
ResponderExcluirUm post para mim, absolutamente enriquecedor, perante estas duas partilhas fabulosas!
Beijinhos
Ana