terça-feira, 22 de agosto de 2017

Poema e Música Sublimes!...




A Voz da Chuva


E quem és? disse eu ao aguaceiro que cai suave,
Que, estranhamente, me deu esta resposta, aqui traduzida:

Eu sou o Poema da Terra, disse a voz da chuva,
Eterno ergo-me impalpável
da terra e do mar sem fundo,
Em direção ao céu, de onde,
surgindo sob uma forma vaga,
completamente transformado e no entanto o mesmo,
Desço para banhar a aridez, os átomos,
as camadas de pó do globo,
E tudo o que nelas sem mim
seria apenas sementes adormecidas e por nascer;
E para sempre, de dia e de noite,
devolvo a vida à minha própria origem
e torno-a pura e embelezo-a,
(Porque a canção, saída da sua terra natal,
depois de cumprido o seu dever e ter deambulado,
Ouvida ou não na sua hora, regressa com amor).

Autor: Walt Whitman

Walt Whitman: Considerado pela crítica mundial o maior poeta da literatura
                                   norte-americana. Sua obra-prima Folhas de Relva (1885) é
                                   um dos pilares das letras modernas.







                      


                             A voz sublime de Benjamin Clementine é
                       a essência da música, que nos toca na
                       sensibilidade como uma chuva inesquecível,
                       da mais alta arte sublime da música! (Suzete
                       Brainer).

11 comentários:

  1. Muito bonito!! Amei
    Obrigada pela partilha


    Beijinhos

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  2. Bela partilha, poema e música!
    E chuva era bem o que precisávamos aqui em Portugal!
    beijinhos

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  3. Belíssimo!!!"E tudo o que nelas sem mim
    seria apenas sementes adormecidas e por nascer", e tão atual.

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  4. Um poema lindíssimo de Walt Whitman.
    Por aqui há seca extrema.
    Gostei muito de ouvir Benjamin Clementine.
    Um grande beijo.

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  5. Quanta beleza, sensibilidade, emoção, encanto... reunidos em um só poema!...

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  6. Quando a chuva cai, tudo é natureza revitalizada. Que saudades do cheiro a terra molhada!
    Que boa escolha neste verão escaldante e seco! Fico mergulhada na bela voz de Benjamim Clementine.
    Beijinho, querida amiga.

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  7. Não conhecia o poema nem o poeta. Mas gostei muito, apesar de ter sido escrito há mais de cem anos.
    Também gostei da canção e da voz do Benjamin Clementine.
    Bom fim de semana, amiga Suzete.
    Beijo.

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  8. A terra, sempre a terra (e todos os elementos que a sustentam) a fazer nascer odes como esta, lindíssimas e pluviosas como a abençoada chuva, que, este ano, tanto nos tem faltado. Parabéns pela escolha deste poema para traduzir o teu memento, assim como a da canção.
    Bjo, amiga

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  9. Bendita seja a seiva que produz frutos, como este este poema, como este poeta. Bendita escolha. As folhas de relva fere sempre a alma do leitor sensível.
    Beijos, Suzette!

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  10. Como elas se tocam em virginal namoro!!!
    - Bei_ja_mim, diz a terra à chuva
    - Benjamin Clementine!

    Bj.

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  11. Um poema... e um intérprete... que desconhecia por completo!
    Um post para mim, absolutamente enriquecedor, perante estas duas partilhas fabulosas!
    Beijinhos
    Ana

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