
Hoje,
Vejo todos os frágeis
Com um tecido de sentires
Que vai além das
Palavras mortas
De glórias.
Vejo os frágeis
Que vestem a realidade
Na rearrumação
Do espaço dos sonhos,
Que não gritam a vantagem
Bruta
De invasão e posse.
Existe uma fortaleza
Na fragilidade,
Com gosto honesto
Da sensibilidade
Que toca na dor
De dentro
E de fora.
Canto para quem sente
O desencanto
Do avesso
Da solidariedade.
Um travo
Na palavra molhada
Da indignação
De todas as desigualdades.
Canto o silêncio
Da opressão
De todos os abandonos.
Canto sem música
No piano.
Um belo Noturno
Transcende
Todos os desenganos!...
Suzete Brainer (Direitos autorais registrados)
Imagem: Do Google.
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