Vi na tela:
Impregnada na minha retina,
Rachados
O chão,
A face,
E a esperança do nordestino.
Vi além da tela
A minha dor de ver,
A cratera da morte
Cristalizada em restos de animais,
Estampando
O horror do fim,
O abandono em preto e branco
De dias ensolarados,
Em escuras noites de sofrimento.
E os políticos?
Assombram nas eleições,
Vestidos de cordeiros
Impregnada na minha retina,
Rachados
O chão,
A face,
E a esperança do nordestino.
Vi além da tela
A minha dor de ver,
A cratera da morte
Cristalizada em restos de animais,
Estampando
O horror do fim,
O abandono em preto e branco
De dias ensolarados,
Em escuras noites de sofrimento.
E os políticos?
Assombram nas eleições,
Vestidos de cordeiros
(Com o braseiro infernal)
Queimando os sonhos,
Os direitos e a dignidade
Dos dias inteiros,
Do suor do trabalhador,
E da página em branco
Do dia de descanso?
Daqueles que honram os seus nomes...
É muito triste
Não se ter feito nada,
Com todas as mortes anunciadas,
E um sertão morrendo
Morrendo
Morrendo
E o mundo em movimento,
Os políticos sorrindo
Vestindo terno e gravata,
De dias agendados na inutilidade
E na rapidez dos seus cofres ilícitos enriquecidos...
E o sertão vestido da
Miséria
E
desolação...
A chuva teimosamente
Não honra
Aquela
terra
De raízes profundas:
De dores
Historias
E
cultura.
O sol rei,
Que inscreve na terra
A sua força soberana,
Poderia tirar umas férias mundana:
Uma permuta no pólo norte,
E a chuva invadir o sertão,
Renascendo as cores,
As
vidas,
A natureza expandida
Numa
força
Que harmoniosamente
Cede
para a luz...
Suzete Brainer (Direitos autorais registrados)
A poesia não se pode alhear do que a rodeia.
ResponderExcluirMuito bem, Suzete!
Beijo :)
Que tristeza não?! E pensar que os nordestinos, muitas vezes, são joguetes de politicos! abraços
ResponderExcluirOs políticos são assim por todo o lado.
ResponderExcluirPreocupam-se em governar para ganhar eleições.
As excepções são raras...
Excelente poema, gostei muito. Um grito poético bem intenso.
Querida amiga Susete, tem um bom fim de semana.
Beijo.
verso-intervenção
ResponderExcluirDecaído
Rachado
sobre o chão,
Como rosto e olhar,
Bjo.
Oi Suzete querida
ResponderExcluirInfelizmente existem alguns cantinhos desse nosso Brasil que só são lembrados nas épocas de eleição mesmo...
Lindo poema...
Beijos
Ani
Meus olhos vêem a dor árida
ResponderExcluirReflectida em minha alma
Caem lágrimas
(ninguém vê…)
Em prece chamo a luz.
Um poema desolação…
De grito.
Tua poesia, sempre demonstra humanidade, de humano com alma :)
Assim és.
Sempre um prazer, ler-te amiga!
Beijinhos grandes
Reli o teu magnífico poema e voltei a gostar muito.
ResponderExcluirQuerida amiga Suzete, tem uma boa semana.
Beijos.
POEMA/FORÇA
ResponderExcluirPOEMA/RAIVA
POEMA/FRUSTRAÇÃO
POEMA/DOR...
O grito em verso mudo vertido! Tocante, querida amiga.
BJo, Suzete
Os políticos...?
ResponderExcluirMesmo os bem intencionados e competentes, estão nas mãos do capital. A alta finança põe e dispõe...
Magnífico poema, é um GRITO à surdez de quem deixa alastrar a pobreza...
Um beijo, minha querida amiga Suzete.
Hoje vim agradecer à você que está do outro lado da telinha, por todas as vezes que carinhosamente esteve no meu cantinho e por todos os comentários delicados que me deixou. Também vim te desejar uma sexta-feira cheia de amor e felicidade.
ResponderExcluirBeijos
Ani
Cada verso teu é um grito de revolta, é a voz de quem não a tem.
ResponderExcluirMesmo assim não abandonas a luz, a esperança e a harmonia da poesia.
Parabéns, querida amiga.
Grande beijo de amizade e admiração.