sábado, 3 de setembro de 2016

Chuva de Setembro





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Hoje, nada de flores no caminho. Pisou a grama com gotículas de chuva, que vinham de dentro da sua alma. Deixou os cabelos ao vento de setembro, que ainda era de agosto; um vento no som tão alto, que abraçava a sua cintura, num nó de silêncio.

Descobriu que às vezes o ar é tão pesado que suspende o sorriso!

Mas, sabia também que, da brincadeira do dia nascer, renascem os motivos para que os olhos não guardem o sol escondido. A luz brotará com a certeza de tecer os sonhos mais delicados sem realidade.

E deixou todo o corpo molhado com a chuva de setembro e ventos de agosto, e sobre a sua pele de raios de sol renasceram pétalas de rosas, que sempre resistem a asperezas do meio ambiente.



Suzete Brainer (Direitos autorais registrados)

Imagem: Obra de Richard S. Johnson



11 comentários:

  1. Entender a vida não é para qualquer um, principalmente se, na nossa exigência, a sensibilidade nunca fique de parte. E a Suzete sabe isso tão bem!

    Um beijinho :)

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  2. há sempre um raio de luz a tecer por dentro o sonho e ... o milagre.

    que pétalas de rosa amaciem sempre teus passos, querida amiga.

    beijo

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  3. Um texto de rara beleza.
    Excelente, minha amiga, parabéns pelo teu talento para a escrita.
    Suzete, tem uma boa semana.
    Beijo.

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  4. Escrita magnífica que deixo entrar na minha intimidade...
    Uma boa semana, amiga.
    Um beijo.

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  5. Oi Susete, que maravilha!
    Encantada com teu dom de poetizar!
    Um grande e afetuoso abraço, e uma feliz semana!
    Mariangela

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  6. Olá Suzete, quanta delicadeza nessa prosa, parabéns! Esse parágrafo final, então, achei repleto de sabedoria.

    Por sinal, lá fora chove bastante, enquanto leio seu texto. =)

    Ótima semana! Boas inspirações/

    Rosa Mattos
    http://contosdarosa.blogspot.com.br

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  7. Sempre há um novo renascer, uma esperança, um novo sorriso...
    (...) 'renascem os motivos para que os olhos não guardem o sol escondido.' bonito isso!

    Aplaudo sempre você, minha amiga!
    Beijo.

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  8. Pois, é Suzete, quando venho aqui para ler os seus belos poemas, às vezes encontro postagens de prosas poéticas suas, sendo esta (A chuva de setembro), um dos melhores exemplos, com inspiração e técnica. Parabéns, minha amiga.
    Abraço.
    Pedro.

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  9. Como sempre, mais um poema lindíssimo de uma sensibilidade notável...
    Para apreciar e reapreciar, esta doce maravilha...
    Beijinhos
    Ana

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  10. Suzete , como gosto de sua escrita . Sensibilidade à flor da pele . Obrigada . Beijos

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  11. Receber a água como se fora batismo, é renascer e acrescentar mais vida à vida...
    Dizê-lo desta forma, é tocar o céu...
    Bjo, querida Suzete :)

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